IVAN O TERRÍVEL
Em 1547, Ivã IV, o Terrível, é coroado czar e grão-príncipe da Rússia.
Ivã Vassilievich nasce em 25 de agosto de 1530 em Kolomenskoye, perto de Moscou. É filho do grão-príncipe Basílio III, do Principado de Moscou e o penúltimo monarca da Dinastia Rurique. Aos 3 anos, com a morte do pai, é proclamado grão-príncipe de Moscou. A mãe reina em seu nome até morrer, em 1538.
O período de 1538 a 1547 é marcado por conflitos violentos entre uma casta de guerreiros conhecidos como boiardos que marcam Ivã.
O título de czar vem de césar. Depois da tomada de Constantinopla pelos turcos do Império Otomano, em 29 de maio de 1453, e do fim do Império Romano do Oriente, a Rússia se apresenta como o centro do cristianismo oriental, a Terceira Roma.
Pouco depois da coroação, em fevereiro de 1547, ele se casa com Anastássia Romanovna, tia-avó do primeiro czar da Dinastia Romanov, que mandaria na Rússia de 1613 até o fim do Império Russo na Revolução de Fevereiro de 1917.
Ivã IV completa a construção da Rússia como um Estado centralizado. Trava, sem sucesso, guerras longas contra a Suécia e a Polônia. Para impor a disciplina militar e a administração centralizada, impõe um reino de terror.
Com medo da traição de aristocratas, Ivã sai de Moscou em 3 de dezembro de 1564 e vai para Alexandrov. Em 3 de janeiro de 1565, envia uma carta ao arcebispo de Moscou anunciando a intenção de renunciar. Uma delegação composta pelo clero, inclusive o arcebispo de Moscou, boiardos e comerciantes vai até ele pedir que volte. Ivã IV exige um poder ilimitado.
Em fevereiro de 1565, Ivã IV retorna e baixa um decreto para dividir o Principado de Moscou em dois: a Zémschina, sob administração czarista, e a Opríchnina, onde ele tem poderes absolutos. O sistema da Opríchnina dura até 1572. Em sete anos, se esforça para aniquilar seus inimigos e acabar com o sistema de governo. Seus homens são conhecidos como a "tropa satânica". Vestem-se de preto e tem um cachorro e uma vassoura como insígnia.
Violento e impiedoso, Ivã o Terrível tem acessos de raiva e surtos psicóticos. Num desses ataques, mata o filho mais velho e sucessor, Ivã (foto). Ao morrer, 28 de março de 1584, deixa o trono para o filho mais moço, Teodoro I, que tem problemas mentais.
LEI SECA RATIFICADA
Em 1919, a 18ª Emenda à Constituição dos Estados Unidos, proibindo "manufatura, venda ou transporte de licores e bebidas intoxicantes", está ratificada por 75% dos estados, condição necessária para entrar em vigor.
O objetivo expresso da lei é evitar problemas como violência e pobreza. O resultado é muito diferente.A Lei Seca, a proibição de produzir, vender, distribuir e ingerir bebidas alcoólicas, entra em vigor em 17 de janeiro de 1920 e dura até 5 de dezembro de 1933, criando um mercado negro onde imperam gângsters como Al Capone, a corrupção e a impunidade.
FIM DA GUERRA EM EL SALVADOR
Em 1992, depois de cerca de 75 mil mortes 12 anos, 3 meses e 1 dia, termina a guerra civil em El Salvador, com a assinatura no México do Acordo de Paz de Chapultec entre o governo e a Frente Farabundo Martí de Libertação Nacional (FMLN).
El Salvador tem uma longa história de concentração da riqueza nas mãos de uma oligarguia. A guerra civil começa com um golpe de Estado, em 15 de outubro de 1979, apoiado pelos Estados Unidos durante a Guerra Fria, três meses depois da vitória da Frente Sandinista de Libertação Nacional (FSLN) na Revolução da Nicarágua. Os militares saldorenhos temem que o país siga o mesmo destino.
O presidente Carlos Humberto Romero é deposto por uma junta militar com o coronel Álvoro Magaña como presidente. A FMLN tem o apoio da União Soviética, de Cuba e dos sandinistas da Nicarágua.
Em 24 de março de 1980, o arcebispo de San Salvador, Dom Óscar Romero, é assassinado durante a missa na catedral da cidade. A guerra é marcada por sequestros, tortura e assassinados cometidos por esquadrões da morte. Os rebeldes são responsáveis por 5% das violações dos direitos humanos. Um dos grandes assassinos é o major Roberto d'Aubuisson, suspeito da morte de Dom Romero.
Uma anistia aprovada em 1993 impediu a punição desses crimes. Em 2016, a Corte Suprema de El Salvador declarou a anistia inconstitucional.
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