MORTE DE CARLOS MAGNO
Em 814, o imperador Carlos Magno, fundador do Sacro Império Romano-Germânico, morre em Aachen, a capital imperial.
Carlos Magno nasce em 2 de abril de 742 antes do casamento dos pais, o rei Pepino, o Breve, e Berta de Laon. É neto de Carlos Martel, imperador do Império Merovíngio, fundado por Clóvis I, o primeiro a unir todas as tribos dos francos, considerado o primeiro rei da França. Ao vencer a Batalha de Poitiers em 732, Martel contém a invasão muçulmana que toma a Península Ibérica.
Com a morte do pai, em 768, Carlos Magno se torna rei dos francos, mas o reino é dividido com o irmão, Carlomano. Quando este morre, em 774, Carlos Magno se torna rei dos lombardos. No Natal de 800, é coroado "imperador dos romanos" pelo Papa Leão III na Basílica de São Pedro, em Roma. É o primeiro imperador do Sacro Império Romano-Germânico.
Ao unir a maior parte da Europa Ocidental e Central, torna-se o primeiro imperador a governar uma grande parte do continente desde a queda do Império Romano do Ocidente, em 476. Por isso, é chamado de Pai da Europa e precursor da União Europeia.
QUEDA DE PARIS
Em 1871, depois de quatro meses de cerco, o recém-unificado Império da Alemanha toma a capital da França no fim da Guerra Franco-Prussiana.
A Guerra Franco-Prussiana (1870-71) tem origem nos conflitos em busca de um equilíbrio de poder na Europa depois das Guerras Revolucionárias e Napoleônicas (1792-1815). A França e a Prússia são inimigas nessas guerras.
A ascensão de Napoleão III, primeiro presidente da Segunda República Francesa (1848-52) e primeiro imperador do Segundo Império (1852-70), depois do golpe de 2 de dezembro de 1851, é uma das causas.
No fim da Guerra da Crimeia (1853-56), que opõe a França, o Reino Unido e o Império Otomano (turco) à Rússia, o Tratado de Paris desmilitariza o Mar Negro, criando condições para a unificação da Alemanha, conquistada depois de vitórias da Prússia na Guerra dos Ducados de Elba (1864) contra a Dinamarca, na Guerra Austro-Prussiana (1866) e na Guerra Franco-Prussiana.
Quando a Espanha fica sem monarca com a abdicação de Isabel II na Revolução de 1868, as Cortes, o parlamento espanhol, oferecem a coroa ao príncipe Leopoldo de Hohenzollern, primo do rei Guilherme I, da Prússia.
Com medo de um cerco, o imperador francês Napoleão III pressiona o Reino da Prússia a impedir que Leopoldo se torne rei da Espanha. O rei da Prússia cede, mas Napoleão III exige mais garantias de que jamais Leopoldo seria monarca espanhol.
O chanceler (primeiro-ministro) prussiano, Otto von Bismarck, tem interesse numa guerra com a França para consolidar a unificação da Alemanha. Ele manipula o Telegrama Ems, uma descrição de Guilherme I sobre seu encontro com o embaixador francês.
Revoltado, Napoleão III declara guerra à Alemanha em 19 de julho de 1870. Com novas armas, inclusive a primeira metralhadora, os generais franceses confiam na vitória.
Como a França é vista como agressora, Bismarck vê uma oportunidade de unir os estados germânicos do Sul (Baviera, Baden e Württemberg) à Confederação do Norte da Alemanha, liderada pela Prússia. Em 18 dias, as forças alemãs mobilizam 380 mil soldados sob o comando do general Helmuth von Moltke, um grande estrategista, chefe do Estado-Maior.
Logo, a Prússia toma a região da Alsácia e a cidade de Metz. Um exército francês sob o comando de Napoleão III e do general Patrice Mac-Mahon tenta resgatar o general François-Achille Bazaine, capturado em Metz. É cercado na Batalha de Sedan, em 31 de agosto de 1870. Em 2 de setembro, Napoleão III, Mac-Mahon e 83 mil franceses se rendem.
Napoleão III abdica e vai para o exílio na Inglaterra, onde morre em 9 de janeiro de 1873.
O Cerco de Paris começa em 19 de setembro de 1870. Com a cidade situada a ameaçada pela fome, os alemães iniciam um bombardeio de artilharia à capital francesa em janeiro de 1871.
Em 18 de janeiro, é proclamada a fundação do Império Alemão. A partir de 25 de janeiro, os alemães passam a usar canhões de grande calibra. No dia 28, a França se rende.
A Guerra Franco-Prussiana acaba com o Segundo Império da França e unifica a Alemanha, que toma as províncias da Alsácia e da Lorena, que a França recupera na Primeira Guerra Mundial (1914-18). É assim uma das causas da Primeira Guerra Mundial, o conflito que moldou o século 20.
A derrota da França causa a Comuna de Paris, uma das insurreições populares mais importantes do século 19, a primeira vez que o operariado tenta tomar o poder com um projeto socialista.
EXPLOSÃO DA CHALLENGER
Em 1986, a nave ou ônibus espacial norte-americano Challenger explode no ar um minuto e 13 segundos depois do lançamento, matando os sete tripulantes, diante de um público atônito em Cabo Canaveral, na Flórida, e no mundo inteiro, que assistia pela televisão.
A espaçonave se desintegra a uma altitude de 14 km sobre o Oceano Atlântico às 11h39 pela hora local. É o primeiro acidente fatal em voo do programa espacial dos Estados Unidos.É o décimo voo da nave Challenger e o 25º do programa de ônibus espaciais da NASA (Administração Nacional de Aeronáutica e Espaço), a agência espacial dos EUA.
A causa do acidente é um problema com os anéis de vedação de uma junta dos foguetes propulsores de combustível sólido. O combustível vaza e causa a explosão.
A missão era lançar no espaço um satélite de comunicações e observar a passagem do Cometa de Halley. Entre os mortos, está a professora Christa McAuliffe, convidada numa homenagem aos professores, o que aumentou o interesse popular pelo voo trágico.
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