O presidente Joe Biden examina as possibilidades de retaliação contra a milícia apoiada pelo Irã responsável pelo bombardeio de domingo que matou três soldados norte-americanos numa base militar na Jordânia e provavelmente também contra a Guarda Revolucionária Iraniana, responsável por mais de 60 milícias no Oriente Médio.
O contra-ataque deve ser suficientemente forte para dissuadir novos ataques, sem provocar a entrada do Irã na guerra. Apesar das pressões da oposição republicana, o território iraniano não deve ser alvejado para evitar uma conflagração geral no Oriente Médio que causaria uma forte alta nos preços do petróleo.
Foram as primeiras mortes de militares dos Estados Unidos por fogo inimigo nesta guerra, as primeiras por drones e o primeiro ataque mortal contra militares do país desde 15 de abril de 1953, durante a Guerra da Coreia.
O último ataque dos EUA em território iraniano foi a tentativa frustrada de resgatar reféns sequestrados na embaixada norte-americana em Teerã, em 24 de abril de 1980, que, ao lado da inflação causada pela segunda crise do petróleo, ajudou a derrotar o presidente Jimmy Carter na eleição presidencial daquele ano.
Desde 17 de outubro, houve 180 ataques a bases militares onde há soldados norte-americanos no Iraque, na Síria e agora na Jordânia, de acordo com o pesquisador Charles Lister, do Instituto Oriente Médio, em Washington. O porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, John Kirby, declarou que os EUA não querem guerra com o Irã – o Irã também não quer –, mas a retaliação virá.
Se o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu rejeitar um acordo aceitável para libertar os reféns em poder dos terroristas, o governo de emergência cai, advertiu na manhã desta terça-feira o ministro Chili Tropper, do partido Unidade Nacional, que fazia oposição, mas aderiu ao gabinete de guerra. De qualquer jeito, Netanyahu pode continuar governando com seus aliados de extrema direita.
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