Com 100 dias de guerra, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu rejeita as pressões internacionais por um cessar-fogo e afirmar que "nada vai parar Israel", nem o Tribunal Internacional de Justiça das Nações, onde a África do Sul fez uma denúncia de genocídio do povo palestino. Por causa dos bombardeios dos Estados Unidos ao Iêmen, uma escalada no conflito é mais provável do que a paz.
A guerra começou em 7 de outubro de 2023, com o ataque terrorista do Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) e aliados em que 1.139 israelenses e estrangeiros foram mortos e cerca de 250 sequestrados.
Desde então, 23.843 palestinos foram mortos na Faixa de Gaza e pelo menos 330 na Cisjordânia ocupada, onde aumentaram os ataques de colonos israelenses. Cerca de 8 mil palestinos estão desaparecidos e outros 60 mil foram feridos. Quase 2 milhões de palestinos fugiram de casa. Cerca de 355 mil residências foram destruídas total ou parcialmente. Pelo menos 188 soldados israelenses e 79 jornalistas morreram. É a guerra mais mortal para jornalistas.
Numa segunda frente de combate, no Norte de Israel e no Sul do Líbano, Israel e a milícia xiita libanesa Hesbolá (Partido de Deus) trocam se atacam mutuamente com risco de degenerar para uma guerra total depois que Israel matou um líder do Hamas em bombardeio ao Sul de Beirute e matou dois comandantes do Hesbolá.
Na madrugada de sábado, os Estados Unidos bombardearam pela segunda vez o território do Iêmen alvejando bases militares, plataformas de lançanmento de mísseis, radares e sistemas de defesa antiaérea para tentar reduzir a capacidade dos rebeldes hutis, apoiados pelo Irã, que fizeram pelo menos 27 ataques à navegação do Mar Vermelho. Como os hutis resistiram a oito anos de bombardeios da Arábia Saudita e aliados na guerra civil do Iêmen, há um risco ao transporte marítimo capaz de abalar a economia internacional.
Desde 17 de outubro, milícias ligadas ao Irã atacaram 115 vezes bases norte-americanas no Iraque e na Síria. Mais de 30 milicianos e um comandante foram mortos nos contra-ataques dos EUA.
A Alemanha anunciou que vai apoiar a defesa Israel do tribunal da ONU. A Namíbia, onde a Alemanha cometeu um genocídio no início do século 20, reagiu dizendo que vai ficar do lado da África do Sul, Na quinta-feira, a acusação sul-africana alegou que o ataque terrorista foi cruel e brutal, mas a resposta israelense viola o direito internacional e a Convenção sobre Genocídio.
Israel lembrou que o povo judeu foi vítima do pior genocídio da história e que tem o direito de se defender de um grupo terrorista que prega sua destruição. Argumentou que avisa os civis antes de atacar para que saiam da região e que o crime dos crimes não pode ser banalizado.
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