PANFLETO REVOLUCIONÁRIO
Em 1776, o revolucionário britânico Tom Paine publica Senso Comum, um livro de 50 páginas que defende que a guerra dos colonos norte-americanos contra o Império Britânico leve à independência dos Estados Unidos no que chama de Revolução Americana.
Thomas Paine nasce em 29 de janeiro de 1737 em Thetford, na Inglaterra, filho de mãe anglicana e pai quaker. Sua vida na Inglaterra é marcada por sucessivos fracassos, entre eles dois casamentos que não deram certo. Ele trabalha como fiscal de impostos. É demitido ao pedir aumento alegando que o salário é uma fonte de corrupção.
Em Londres, ele conhece Benjamin Franklin, que o aconselha a tentar a sorte nos EUA e lhe dá cartas de apresentação.
A Guerra da Independência dos EUA (1775-83) começa com as batalhas de Lexington e Concord, em 19 de abril de 1775 como uma revolta contra aumentos de impostos pela coroa britânica para financiar as dívidas contraídas durante a Guerra dos Sete Anos (1756-63), que também foi uma das causas da Revolução Francesa de 1789.
Seis meses depois da publicação de Senso Comum, em 4 de julho de 1776, o Congresso Continental declara a independência. Sua introdução é um dos textos mais importantes da Revolução Americana:
"Estes são os tempos que testam as almas dos homens. O soldado de verão e o patriota do sol, nesta crise, se afastarão do serviço de seu país; mas aquele que o apoia agora merece o amor e o agradecimento do homem e da mulher.
"A tirania, como o inferno, não é facilmente conquistada; mas temos esse consolo conosco: quanto mais difícil o conflito, mais glorioso o triunfo. O que obtemos muito barato, estimamos muito levianamente: É a só carência que dá a tudo seu valor. O Céu sabe como colocar um preço adequado em seus bens; e seria realmente estranho se um artigo tão celestial como a liberdade não deve ser altamente avaliado.
"A Grã-Bretanha, com um exército para impor sua tirania, declarou que ela tem o direito não apenas de taxar, mas de "nos obrigar em todos os casos", e se ser obrigado dessa maneira não é escravidão, então não existe escravidão na terra."
Em 1787, Paine volta à Europa. Revoltado com Reflexões sobre a Revolução na França, conservador britânico Edmund Burke, escreve outro livro, Direitos do Homem, em defesa da Revolução Francesa, publicado em 1791. Quando Burke responde, publica, em 17 de fevereiro de 1792, Direitos do Homem: Parte II.
É a única pessoa que lutou pela independência dos EUA e pela Revolução. É eleito deputado da Assembleia Nacional da França. É a favor do fim da monarquia, mas não da execução do rei e dos monarquistas. É a favor de banir e não de matar os inimigos do novo regime.
No Período do Terror, quando os extremistas liderados por Maximiliano Robespierre tomam o poder, Paine é preso de 28 de dezembro de 1793 a 4 de novembro de 1794. Solto, é readmitido na Convenção Nacional.
Tom Paine morre em 1809 em Nova York. Os obituários não reconhecem sua importância histórica. Em 30 de janeiro de 1937, o jornal The Times, de Londres, resgata sua memória e o chama de "Voltaire inglês".
Seu pensamento se resume numa frase: "Minha pátria é o mundo, os humanos são meus irmãos e minha religião é fazer o bem."
ERA DO PETRÓLEO
Em 1901, o petróleo jorra uma perfuração em Spindletop Hill, perto de Beaumont, no Texas, nos Estados Unidos, cobrindo a terra até uma distância de dezenas de metros, num marco do início da indústria petrolífera e da era do petróleo.
O lençol petrolífero está a 300 metros de profundidade. O poço jorra 100 mil barris por dia. Até então, o petróleo é usado como lubrificante e para fazer querosene para iluminação. Passa a ser a principal fonte de combustível, inclusive para invenções que revolucionaram os transportes como o automóvel e o avião. Os meios de transporte movidos a carvão, como trens e navios, passam para o combustível líquido.
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