TRUMAN INVESTE NA BOMBA H
Em 1950, cinco meses depois da explosão da primeira bomba atômica da União Soviética, o presidente Harry Truman anuncia aos Estados Unidos a decisão de desenvolver a bomba de hidrogênio, mil vezes mais poderosa do que as bombas jogadas em Hiroxima e Nagasaki em 6 e 9 de agosto de 1945, no fim da Segunda Guerra Mundial (1939-45).
Os EUA testam sua primeira bomba de hidrogênio, chamada Mike, em 1º de novembro de 1952 no atol de Eniwetok, nas ilhas Marshall, no Oceano Pacífico.
As primeiras armas atômicas são de fissão nuclear de átomos pesados, o urânio-235 e o plutônio. Sua energia vem da divisão do núcleo de átomos pesados.
A bomba de hidrogênio ou bomba termonuclear é resultado da fusão nuclear de átomos leves. Dois átomos de hidrogênio pesado e mais do que pesado se fundem a uma temperatura altíssima. É a reação que produz a energia do sol e das estrelas. O gatilho da bomba de hidrogênio é uma explosão nuclear de urânio para gerar a temperatura de 100 milhões de graus centígrados necessária à fusão nuclear.
No processo de fusão, as partículas subatômicas perdem 0,63% da massa, que se converte numa enorme quantidade de energia medida pela famosa fórmula de Albert Einstein: E = mc2, em que c é uma constante que representa a velocidade da luz no vácuo: 300 mil quilômetros por segundo.
Houve bombas de hidrogênio de mais de 50 megatons, com o poder de destruição de mais de 50 milhões de toneladas de dinamite. As instaladas em mísseis têm geralmente até 1,5 megaton.
A União Soviética testa sua primeira bomba de hidrogênio em 12 de agosto de 1953, elevando a corrida armamentista nuclear a outro patamar. O Reino Unido (1957), a China (1967) e a França (1968) também fazem a bomba H.
CENTRO POMPIDOU
Em 1977, a França inaugura o Centro Nacional de Arte e Cultura Georges Pompidou, um complexo cultural batizado com o nome do presidente Pompidou (1696-74), que encomenda o projeto aos arquitetos italianos Renzo Piano e Gianfranco Franchini e os britânicos Richard Rogers e Su Rogers.
O Centro Pompidou fica na área do Beauborg, como também é conhecido. O largo na sua frente é um local de debates políticos. Fica no 4º distrito de Paris, no bairro do Marais, perto de Les Halles, um centro comercial subterrâneo.
No complexo, ficam o Museu Nacional de Arte Moderna, a Biblioteca Pública da Informação, um centro para música e pesquisas acústicas, um centro de desenho industrial, um museu do cinema e o Atelier Brancusi, com esculturas do artista romeno Constantin Brancusi.
BREXIT
Em 2020, três anos e meio depois de um plebiscito, o Reino Unido deixa oficialmente a União Europeia.
O processo de integração europeia começa com o Plano Schuman, anunciado em 9 de maio de 1950 pelo ministro das Relações Exteriores da França, Robert Schuman, para acabar com as guerras na Europa e promover o desenvolvimento econômico e social do continente.
A Comunidade Econômica Europeia é criada pelo Tratado de Roma, assinado em 25 de março de 1957 pela Alemanha Ocidental, Bélgica, França, Holanda, Itália e Luxemburgo, e entra em vigor em 1º de janeiro de 1958.
Em 1963 e 1967, o então presidente da França, general Charles de Gaulle, veta a entrada do Reino Unido, que adere ao bloco europeu em 1º de janeiro de 1973. Na época, o Partido Conservador era a favor por representar as classes empresariais. O Partido Trabalhista era contra.
Por causa da insularidade e do passado imperial, o Reino Unido sempre mantém uma relação ambivalente. A primeira-ministra Margaret Thatcher (1979-90) luta pela criação do mercado único europeu, mas é contra a união política, uma das causas de sua queda, um regicídio que divide profundamente o Partido Conservador.
Quando o Tratado de Maastricht cria a União das Comunidades Europeias ou União Europeia, em 1991, o primeiro-ministro John Major (1990-97) deixa o Reino Unido fora da união monetária e econômica. No governo trabalhista de Tony Blair (1997-2007), um europeísta, o país não adere ao euro.
Na campanha de reeleição, o primeiro-ministro conservador David Cameron (2010-16) promete convocar um plebiscito para o eleitorado britânico decidir se quer ou não fazer parte da UE. Seu objetivo é acabar com a guerra civil interna do partido que vem desde a queda de Thatcher. A campanha é marcada por promessas e notícias falsas.
O líder da campanha para sair, o deputado conservador Boris Johnson, faz um manifesto contra e outro a favor. Opta pela saída porque considera melhor para sua pretensão de governar o país. Entre suas mentiras, afirma que os 350 milhões de libras que o país economizaria por semana não tendo de contribuir para o orçamento comunitário seriam investidos no Serviço Nacional de Saúde (NHS), que dá assistência médica de graça a todos os habitantes do Reino Unido.
Em 23 de junho de 2016, por 52% a 48%, o Reino Unido decide sair da UE. Londres, a Escócia e a Irlanda da Norte votam para ficar.
É uma das decisões econômicas mais inconsequentes e estúpidas de qualquer economia moderna. Imaginar que é bom negócio abandonar parceiros comerciais vizinhos e ricos com que se tem um mercado comum há mais de 40 anos e substituí-los por ex-colônias não faz sentido. O Reino Unido acaba de abandonar negociações de livre comércio com o Canadá porque só conseguiu condições piores do que tinha como membro da UE.
Cameron pede demissão e é substituído pela primeira-ministra Theresa May (2016-19), que votou a favor de ficar e nunca é aceita pelos eurocéticos. Suas propostas de acordo de divórcio com a UE são rejeitadas pela Câmara dos Comuns do Parlamento Britânico.
Johnson consegue derrubar May e vence as eleições parlamentares de 12 de dezembro de 2019 com a promessa de concluir a saída da UE.
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