Em negociações no Cairo, Israel e o Movimento de Resistência Islâmica (Hamas), responsável pelo ataque terrorista de 7 de outubro, teriam chegado a um acordo sobre os "princípios básicos" de uma trégua de de 35 dias para libertar todos os reféns israelenses por prisioneiros palestinos, informou o jornal liberal israelense Haaretz. A notícia não foi confirmada.
Até agora, as posições de negociações pareciam inconciliáveis. O Hamas exigia o fim da guerra e Israel um cessar-fogo temporário. O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, chegou a atacar o Catar, que negocia pelo Hamas.
Com 110 dias de guerra completados ontem, apesar dos esforços para evitar sua expansão, o conflito no Oriente Médio envolve diretamente 10 países e o povo palestino. Qualquer acordo durável exige um compromisso envolvendo Israel, o Egito, a Jordânia, o Catar, a Arábia Saudita e os Emirados Árabes Unidos, sob a liderança dos Estados Unidos, o aliado mais confiável de Israel.
O maior risco de ampliação conflito vem do Líbano, onde Israel bombardeou ontem um aeroporto a 20 quilômetros da fronteira sob o pretexto de que era usado pela milícia extremista xiita libanesa Hesbolá (Partido de Deus) e o Irã para atacar o território israelense. Israel deu um prazo até o fim do mês para a retirada do Hesbolá da fronteira. Quer estabelecer uma zona de segurança no Sul do Líbano.
Nesta sexta-feira, a Corte Internacional de Justiça das Nações Unidas (CIJ) deve anunciar se aceita a denúncia de genocídio apresentada pela África do Sul contra Israel e se vai tentar impor medidas preliminares, inclusive ordenar o fim da guerra, antes do julgamento de mérito, que pode levar anos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário