Depois de se ir os países árabes do Golfo Pérsico, o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, apresenta nesta terça-feira a Israel as condições dos Estados Unidos para o pós-guerra na Faixa de Gaza, inclusive as exigências dos árabes.
Qualquer acordo deve garantir a segurança de Israel e a libertação de todos, incluir um governo palestino unificado para a Cisjordânia e a Faixa de Gaza, encaminhar a integração de Israel na região e abrir caminho para a criação de um país palestino independente.
Na quarta viagem ao Oriente Médio desde o início da guerra, Blinken se encontra hoje com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, que rejeita a criação de um Estado palestino e passou toda a vida política lutando contra isso. Mas agora os árabes exigem a independência da Palestina para normalizar as relações com Israel.
Um dia depois que o secretário Blinken alertou para o risco de uma "metástase", de uma ampliação do conflito, um bombardeio de Israel ao Sul do Líbano matou Wissan Hassan al-Tawil, um dos comandantes de uma tropa de elite da milícia fundamentalista xiita libanesa Hesbolá (Partido de Deus).
Desde o início da guerra, há escaramuças entre Israel e o Hesbolá no Norte de Israel e no Sul do Líbano, mas é evidente que a milícia xiita não quer uma guerra total. Israel fica testando os limites. Em 2 de janeiro, matou o vice-líder do Movimento de Resistência Islâmica (Hamas), Saleh al-Arouri, num reduto do Hesbolá no Sul de Beirute, e agora Al-Tawil.
O enviado especial do governo Joe Biden para o Líbano, Amos Hochstein, tenta negociar uma saída diplomática com o primeiro-ministro interino do Líbano, Najib Mikati, que prometeu retirar o Hesbolá da fronteira, mas a miliícia xiita é mais poderosa do que o Exército libanês.
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