Depois de um encontro com o emir do Catar, xeique Thamim ben Hamad al-Thani, que pediu um cessar-fogo imediato, o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, admitiu que a guerra entre Israel e o Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) pode provocar uma "metástase" do Oriente Médio, "causando mais insegurança e ainda mais sofrimento".
Antes, Blinken esteve na Jordânia, onde o rei Abdullah II advertiu para "repercussões catastróficas" se a guerra não parar. O secretário chega nesta segunda-feira a Israel. O jornal The Washington Post noticiou que os Estados Unidos temem que o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu prolongue a guerra para não cair e ter de responder a três processos por corrupção capazes de levá-lo para a cadeia. Só 15% dos israelense querem sua permanência na chefia do governo.
A principal missão da quarta viagem do secretário de Estado ao Oriente Médio é evitar uma ampliação do conflito, que atinge a Faixa de Gaza, a Cisjordânia, Israel, o Líbano, a Síria, e o Iraque, onde milícias ligadas ao Irã fizeram cerca de 140 ataques a bases militares norte-americanas desde o início da guerra.
O maior risco seria a entrada na guerra do Irã, que estaria prestes a fabricar armas nucleares. Com a guerra da Rússia contra a Ucrânia, o Irã saiu do isolamento diplomático e se aproximou da Rússia e da China.
Se a guerra de baixa intensidade com a milícia fundamentalista xiita libanesa Hesbolá (Partido de Deus) se transformar numa guerra total e Israel não conseguir lutar em duas frentes, provavelmente os EUA entrariam na guerra com forças aeronavais, sem colocar soldados em terra.
Nenhum comentário:
Postar um comentário