domingo, 14 de janeiro de 2024

Hoje na História do Mundo: 14 de Janeiro

  INDEPENDÊNCIA DOS EUA

    Em 1784, o Congresso Continental ratifica o Segundo Tratado de Paris, negociado no fim da Guerra da Independência (1775-83), em que a França e o Reino Unido reconhecem os Estados Unidos como um país independente e soberano.

O Primeiro Tratado de Paris é assinado no fim da Guerra dos Sete Anos (1756-63), quando o Império Britânico conquista possessões do Império Francês na Índia e na América do Norte, menos no que hoje é a província do Quebec, no Canadá. Esta guerra é causa tanto da independência dos EUA (1776) quanto da Revolução Francesa (1789).

Os dois impérios ficam em situação difícil para financiar a guerra. O rei George III resolve aumentar os impostos e as 13 colônias norte-americanas se rebelam e formam os EUA. Na França, a insatisfação popular é agravada por invernos rigorosos e quebras de safra que causam fome.

O Segundo Tratado de Paris fixa a fronteira entre os EUA, na época apenas as 13 colônias da costa do Oceano Atlântico, e as possessões britânicas no resto da América do Norte, que viriam a formar o Canadá. Todos os prisioneiros de guerra são libertados. Os pescadores dos EUA ganham o direito de pescar ao largo da Terra Nova e no Golfo de São Lourenço.

"ESTRANGEIROS INIMIGOS"

    Em 1942, o presidente Franklin Delano Roosevelt decreta que todos os cidadãos de países inimigos na Segunda Guerra Mundial (1939-45) – alemães, italianos e japoneses – residentes nos Estados Unidos precisam se registrar no Departamento da Justiça.

O país ainda está em choque, depois do bombardeio japonês à Frota do Oceano Pacífico, estacionada em Pearl Harbor, no Havaí, em 7 de dezembro de 1941, que leva os EUA à guerra. 

O decreto regulamenta a Lei de Registro de Estrangeiros, de 1940. Serve de base legal para a internação em massa de 120 mil japoneses-americanos em campos de concentração durante a guerra, decretada em 19 de fevereiro de 1942.

REVOLUÇÃO DE JASMIM

    Em 2011, depois de dias de manifestações de protestos contra a miséria, a fome e a repressão política, o ditador Zine el-Abidine Ben Ali renuncia à Presidência da Tunísia na Revolução de Jasmin, a primeira da Primavera Árabe.

Mohamed Bouazizi é um engenheiro desempregado que vende frutas e verduras nas ruas da cidade de Sidi Bouzid para sobreviver. Ganha em média US$ 75 por mês. 

Em 17 de dezembro de 2010, uma fiscal apreende suas mercadorias e balança, lhe dá um tapa no rosto e rasga uma cópia da lei que autoriza o trabalho de ambulante que Bouazizi levava consigo. Ele vai para a frente da prefeitura da cidade e se autoimola. Toca fogo na roupa.

Ben Ali vai visitá-lo no hospital, mas não piora ainda mais a situação. Quando Bouazizi morre, 18 dias depois, em 4 de janeiro de 2011, a revolta popular explode. Mais de 5 mil pessoas participam do funeral. Ele deixa uma mensagem para a mãe pedindo desculpas por ter perdido a esperança.

A reação da ditadura é brutal. Dezenas de pessoas morrem. Ben Ali lamenta as mortes, promete baixar os preços dos alimentos e reduzir as restrições ao uso da Internet. Em 14 de janeiro, Ben Ali decreta estado de emergência, dissolve o Parlamento e convoca eleições, mas os manifestantes não cedem e ele renuncia, depois de ficar 23 anos no poder, e foge para a Arábia Saudita, onde morre em 19 de setembro de 2019.

A Tunísia é o único país onde a Primavera Árabe leva à democracia, mas não dura muito. O presidente Kaïs Saïed, que chega ao poder em 23 de outubro de 2019, dissolve o Parlamento em 25 de julho de 2021 e assume poderes ditatoriais.

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