quarta-feira, 24 de janeiro de 2024

Hoje na História do Mundo: 24 de Janeiro

ASSASSINATO DE CALÍGULA

    Em 41, o imperador romano Calígula é assassinado por Cássio Quereia, Cornélio Sabino e outros membros da guarda pretoriana.

Caio Júlio César Augusto Germânico Calígula nasce em 31 de agosto de 12. É filho mais moço de Germânico, um dos maiores generais da história da Roma Antiga, que era sobrinho e filho adotivo do imperador Tibério. Antes de morrer, Tibério indica Calígula e o neto Tibério Gêmelo como sucessores.

Em 18 de março de 37, torna-se o terceiro imperador romano, depois de Augusto e Tibério. No poder, é despótico e cruel. Entre outros, manda matar Tibério Gêmelo, neto de Tibério, rival na sucessão.

Depois de gastar a grande soma em dinheiro que Tibério deixa no Tesouro, passa a extorquir cidadãos de Roma e confiscar suas propriedades.

Durante seu reinado, o Império Romano conquista a Mauritânia, cujo imperador ele assassina durante uma visita a Roma. Em sua megalomania, manda construir estátua em sua homenagem no Templo de Jerusalém. Quer nomear seu cavalo, Incitatus, para o Senado, mas é morto antes.

Seus assassinos sonhavam em restaurar a República, mas, no dia de sua morte, seu tio Tibério Cláudio César Augusto Germânico é aclamado imperador. Cláudio manda executar os assassinos do sobrinho.

HITLER REJEITA RENDIÇÃO EM STALINGRADO

    Em 1943, durante a Segunda Guerra Mundial (1939-45), com a derrota iminente numa das batalhas mais importantes da história, o general Friedrich Paulus, comandante do 6º Exército da Alemanha, pede licença a Adolf Hitler para se render em Stalingrado, na União Soviética, mas o ditador nazista não aceita.

Antes da guerra, a Alemanha Nazista e a URSS firmam o Pacto Germano-Soviético, um acordo de não agressão. Quando Hitler invade, em 22 de junho de 1941, a URSS entra na guerra. O Exército alemão avança em três frente: no norte, rumo a Leningrado, hoje São Petersburgo; no centro, rumo a Moscou; e no sul rumo à Ucrânia e ao Vale do Rio Volga.

A Batalha de Stalingrado começa em 23 de agosto de 1942 e termina em 2 de fevereiro de 1943 com 2 milhões de baixas. É o momento em que os nazistas param de avançar e o Exército Vermelho inicia sua marcha até a vitória em Berlim em 8 de maio de 1945.

MORTE DE CHURCHILL

    Em 1965, morre Winston Churchill, o primeiro-ministro britânico que resiste ao ditador nazista Adolf Hitler e se torna um dos heróis da Segunda Guerra Mundial (1939-45).

Winston Leonard Spencer Churchill nasce no Palácio de Blenheim, em Woodstock, no Condado de Oxford, na Inglaterra,
em 30 de novembro de 1874 numa família aristocrática. Militar, estadista e escritor, entra para o Exército Real em 1895 e atua na Índia britânica, na Guerra Anglo-Sudanesa e na Segunda Guerra dos Bôeres, na África do Sul. Faz fama como correspondente de guerra.

Eleito para o Parlamento Britânico em 1900 pelo Partido Conservador, vai para o Partido Liberal em 1904. Secretário do Interior do governo Herbert Asquith, defende a reforma do sistema prisional e previdêncial social para os trabalhadores.

Durante a Primeira Guerra Mundial (1914-18), como Primeiro Lorde do Almirantado, dirige a desastrosa Campanha de Galípoli. É rebaixado a Chanceler do Ducado de Lancaster, o ministério do funcionalismo público. Renuncia em novembro de 1915 e se junta aos Fuzileiros Reais Escoceses na frente ocidental.

Churchill volta ao governo sob o primeiro-ministro David Lloyd George como secretário de Estado (ministro) da Guerra e depois das Colônias. Supervisiona o Tratado Anglo-Irlandês, que dá independência à Irlanda, e a polícia externa para o Oriente Médio. Para conter o Irã, cria artificialmente o Iraque, juntando as províncias do antigo Império Otomano (turco) de Bagdá e Bássora à província curda de Kirkuk, enterrando o sonho de independência do Curdistão.

Depois de ficar dois anos fora da Câmara dos Comuns, volta e é nomeado Chanceler do Tesouro (ministro das finanças) do governo conservador de Stanley Baldwin, quando reintroduz o padrão-ouro, medida considerada deflacionária que deprime a economia britânica.

Com a ascensão do nazismo na Alemanha, Churchill defende o rearmamento e se opõe ao Acordo de Munique, negociado pelo primeiro-ministro Neville Chamberlain, entregando a região dos Sudetos, na Tcheco-Eslováquia, numa tentativa de apaziguar Adolf Hitler.

No início da Segunda Guerra Mundial, (1939-45) é renomeado Primeiro Lorde do Almirantado. Em maio de 1940, quando a Alemanha Nazista invade a França, vira primeiro-ministro. Com a vitória britânica na Batalha da Inglaterra, em outubro de 1940, passa a liderar a resistência ao nazifascismo na Europa. 

Depois que a União Soviética e os Estados Unidos entram na guerra, em 1941, forma com o presidente norte-americano Franklin Roosevelt e o ditador soviético Josef Stalin o grupo dos três grandes aliados na luta contra as potências do Eixo (Alemanha, Itália e Japão).

Com a derrota dos conservadores depois da guerra, nas eleições de 1945, vira líder da oposição. No início da Guerra Fria, adverte, em discurso no Westminster College, em Fulton, no Mississípi, nos EUA, que, "de Stettin, no Mar Báltico, a Triestre, no Mar Adriático, uma cortina de ferro desce através do continente."

Ele volta ao poder com a vitória nas eleições de outubro de 1951. Com a saúde abalada, renuncia à chefia do governo em 5 de abril de 1955, quando é grande conselheiro da jovem rainha Elizabeth II. Continua como deputado até 1964.

Grande frasista, tinha presença de espírito para tiradas espetaculares. Quando uma deputada lhe disse, "se eu fosse sua mulher, lhe faria um chá de cicuta", o veneno que matou o filósofo grego Sócrates, respondeu: "Se eu fosse seu marido, eu tomaria esse chá."

Para defender a guerra contra a Alemanha Nazista, disse: "Se Hitler invadisse o inferno, eu diria alguma coisa a favor do demônio na Câmara dos Comuns", frase que foi mudada para "eu lutaria ao lado do demônio", o que ele não disse.

Visto como um dos grandes heróis da história da Inglaterra e do Reino Unido pela resistência ao nazifascismo e a liderança na Segunda Guerra Mundial, Churchill é acusado de racismo e de crimes de guerra pelo bombardeio com bombas incendiárias a Dresden, na Alemanha, de 13 a 15 de fevereiro de 1945, quando a guerra estava praticamente ganha, e pela repressão à Revolta dos Mau Mau (1952-60), durante a luta pela independência do Quênia.

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