MORTE DA RAINHA VITÓRIA
Em 1901, depois de 63 anos de reinado e de 81 de vida, morre a rainha Vitória, da Inglaterra, imperatriz da Índia, marco do fim de uma era de grande expansão do Império Britânico, onde o Sol nunca se punha.
Vitória nasce em 24 de maio de 1819 e ascende ao trono com 18 anos, em 20 de junho de 1837, com a morte de seu tio Guilherme IV.Amiga de seu primeiro primeiro-ministro, Lorde Melbourne, Vitória tenta evitar que seja sucedido pelo conservador Sir Robert Peel em 1839. Dois anos depois, os conservadores vencem a eleição. Ela é obrigada a aceitar Peel. Nunca mais intervém diretamente na política.
Em fevereiro de 1840, ela se casa com o primo Albert, um príncipe alemão. Ele se torna um conselheiro importante e secretário particular da rainha. O casal organiza a primeira exposição internacional, a Grande Exposição, em 1851, para apresentar ao mundo o poder da indústria britânica.
Albert leva Vitória a se afastar dos liberais e se aproximar dos conservadores. A rainha apoia claramente Benjamin Disraeli, líder do Partido Conservador. Quando Disraeli se torna primeiro-ministro, dá a Vitória o título de imperatriz da Índia, em 1876.
DIREITO AO ABORTO
Em 1973, a Suprema Corte dos Estados Unidos toma uma de suas decisões mais discutidas, criando o direito constitucional ao aborto ao declarar que uma lei do estado do Texas que criminalizava a interrupção da gravidez era inconstitucional por violar o direito da mulher à privacidade com base na Emenda nº 14.
Depois que o então presidente Donald Trump nomeia três juízes conservadores para a Suprema Corte, em 24 de junho de 2022, por 5 a 4, o supremo tribunal dos EUA revogou o direito constitucional ao aborto ao decidir que, como a Constituição não toca no assunto, a questão é de competência dos estados.
Naquele caso, por 6 a 3, a Suprema Corte considera constitucional uma lei do estado do Alabama que proíbe o aborto após 15 semanas de gravidez. o presidente do tribunal, ministro John Roberts, tenta evitar a mudança na jurisprudência firmada em 1973, mas é atropelado pelos outros juízes conservadores.
Desde então, vários estados decidiram em plebiscitos manter o direito ao aborto. A questão favorece os candidados democratas em eleições recentes, inclusive em 2022, quando os democratas mantiveram a maioria no Senado, mas perderam na Câmara.
SAKHAVOV PRESO
Em 1980, o físico Andrei Sakharov, o pai da bomba de hidrogênio da União Soviética, é preso por criticar a invasão do Afeganistão, se torna o mais importante dissidente do regime comunista, perde todas as honrarias e é enviado para o exílio interno na cidade de Gorki.
Sakharov nasce em Moscou em 1921 e estuda física na Universidade de Moscou. Em 1948, é recrutado pelo programa nuclear soviético.Depois de detonar sua primeira bomba atômica, em 29 de agosto de 1949, a URSS entra na corrida nuclear com os Estados Unidos para desenvolver a bomba H. Os EUA conseguem primeiro, em 31 de outubro de 1952. Três anos depois, em 22 de novembro de 1955, a URSS explode sua bomba H.
Diante da potência da nova bomba, milhares de vezes maior do que a das bombas atômicas de urânio e plutônio, Sakharov se arrependeu. Num artigo sobre os males da radioatividade, em 1957, pediu o fim dos testes nucleares.
A URSS tolera as críticas até 1969, quando o jornal The New York Times publica um artigo de Sakharov atacando a corrida armamentista e o regime comunista soviético, e defende "uma sociedade democrática e pluralista livre da intolerância e do dogmatismo, uma sociedade humanitária que cuide da Terra e de seu futuro."
Afastado do programa nuclear soviético, ele se torna um ativista em defesa dos direitos humanos. Em 1975, ganha o Prêmio Nobel da Paz. Quando denuncia a invasão do Afeganistão, vai para o exílio interno em Gorki.
Com a liberalização do regime promovida por Mikhail Gorbachev a partir de 1985, Sakharov é reabilitado em dezembro de 1986 e é eleito para o Congresso dos Deputados do Povo. Morre de ataque cardíaco em 1989, aos 68 anos.
MAIOR MINORIA
Em 2003, o Birô do Censo nos Estados Unidos revela que os hispânicos (latino-americanos) se tornam a maior minoria racial do país ultrapassando os negros.
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