O presidente Donald Trump está disposto a aceitar uma proposta da França para abrir uma linha de crédito de US$ 15 bilhões para aliviar as sanções a que a República Islâmica está submetida pelos Estados Unidos. O Japão colaboraria no relaxamento das sanções. Isto viabilizaria um encontro de Trump com o presidente do Irã, aiatolá Hassan Rouhani, durante a reunião anual da Assembleia Geral das Nações Unidas, em Nova York, no fim do deste mês.
Em troca, o
Irã voltaria a cumprir o acordo nuclear assinado em 2015 com o governo Barack
Obama, as outras grandes potências do Conselho de Segurança das Nações Unidas (China,
França, Reino Unido e Rússia) e a Alemanha para congelar o programa nuclear
militar iraniano e evitar que o país fabrique armas atômicas.
O acordo foi uma
das grandes realizações de política externa de Obama. Afinal, os Estados Unidos
e o Irã não mantêm relações diplomáticas desde a ocupação da embaixada
americana em Teerã por 444 dias, a partir de 4 de novembro de 1979, nove meses
depois da revolução islâmica, que derrubou o xá Reza Pahlevi, aliado de
Washington, e levou o regime dos aiatolás ao poder.
Sob protesto do Irã, Trump
abandonou o acordo em 8 de maio de 2018, sob a orientação do então conselheiro
de segurança nacional da Casa Branca, o advogado e embaixador linha-dura John
Bolton, que caiu há dois dias.
Bolton queria mudança de regime em Teerã. Chegou a defender um bombardeio ao Irã
depois de um ataque a um drone americano no Golfo Pérsico. Também era a favor
do uso da força na Coreia do Norte e na Venezuela. Meu comentário:
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