sexta-feira, 13 de setembro de 2019

Verdadeiro desafio chinês aos EUA é científico e tecnológico

A China excluiu alguns produtos agrícolas dos Estados Unidos, como carne de porco e soja, da lista de produtos sobretaxados depois que o presidente Donald Trump adiou o tarifaço de 1º de outubro. São gestos de boa vontade para as duas maiores economias do mundo voltarem a negociar o fim de sua guerra comercial. Mas o verdadeiro desafio chinês é científico e tecnológico.

O governo chinês está reagindo positivamente à recente decisão dos EUA de adiar de 1º para 15 de outubro a entrada em vigor do novo tarifaço decreto pelo presidente Donald Trump. Foram gestos de boa vontade das duas partes para facilitar a retomada das negociações.

Em 11 de setembro, o presidente americano anunciou o adiamento de 15 dias para entrada em vigor do aumento de 25 para 30 por cento no imposto de importação sobre produtos chineses importados num valor anual de 250 bilhões, mais de 1 trilhão de reais. 

A compra de produtos agrícolas agrada diretamente aos agricultores e fazendeiros americanos, uma importante base eleitoral de Trump atingida pela retaliação chinesa. Nos últimos dias, o presidente americano acenou com a possibilidade de um acordo provisório.

O presidente Trump parece mais preocupado com o déficit comercial dos EUA, de US$ 891 bilhões, equivalentes a R$ 3,639 bilhões, no ano passado. Só com a China, o déficit americano em 2018 foi de US$ 419 bilhões, R$ 1,711 trilhão.

Mas, em artigo na revista Foreign Affairs, Jonathan Gruber e Simon Johnson argumentam que a guerra comercial de Trump ignora a verdadeira ameaça da China.

De 1990 a 2010, o número de graduados em universidades aumentou dez vezes para 3 milhões por ano. Em 2010, a China diplomou 29 mil doutores em engenharia e ciências, enquanto os Estados Unidos graduavam 25 mil. 

Em 2017, 8 milhões de estudantes se formaram em universidades chinesas. Nos Estados Unidos, foram 3 milhões de novos graduados. Hoje, a China tem seis universidades entre as 100 melhores do mundo.

Em 2015, US$ 2 trilhões de dólares foram investidos em desenvolvimento científico e tecnológico no mundo inteiro. Os Estados Unidos foram responsáveis por 25 por cento do total; a China, por 21 por cento, com um aumento de 12 vezes em 15 anos. Meu comentário:

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