O Índice Dow Jones, da Bolsa de Valores de Nova York, subiu 0,26% hoje por causa do anúncio de retomada das negociações comerciais entre os Estados Unidos e a China, apesar do relatório mensal de emprego sobre o mês passado ter ficado abaixo da expectativa do mercado. Houve um saldo positivo de 130 mil novas vagas de emprego. O mercado esperava 158 mil.
A taxa de desemprego, medida em outra pesquisa, ficou estável em 3,7%. É a menor em quase 50 anos.
Com a guerra comercial entre os EUA e a China longe de uma solução positiva, empresas, consumidores e líderes políticos tentam avaliar o impacto sobre a economia. O emprego é um indicador importante.
Em agosto, o setor privado contratou 96 mil trabalhadores e mais do que demitiu. O resto do avanço veio do setor público, onde o Bureau do Censo foi o maior contratador.
A média do saldo de novos postos de trabalho gerados neste está em 143 mil por mês, abaixo dos 192 mil do ano passado, o melhor do governo Trump para o mercado de trabalho.
Diante dos repetidos tarifaços do presidente Donald Trump sobre as importações de produtos chineses, os empresários do comércio reclamam da dificuldade de planejar o futuro e 43% dos dirigentes das 500 maiores companhias americanas falaram publicamente sobre a incerteza gerada pela guerra comercial.
"O fracasso político épico em resolver o conflito comercial de um ano e meio [com a China] e a ameaça de novas batalhas tarifárias com a Europa, a Índia, o Vietnã e outros - tudo isso atua como um enorme pé no pescoço da economia dos EUA", comentou o economia Bernard Baumohl, analista da economia global de The Economic Outlook Group. "Este pé já asfixiou o setor manufatureiro de oxigênio, causando quedas na produção e em novas encomendas."
O presidente prefere acusar o jornalismo e o Conselho da Reserva Federal (Fed), a direção do banco central americano, de que cobra cortes maiores na taxa básica de juros, hoje numa faixa de 2% a 2,25%. A expectativa é que o Fed faça uma nova redução de 0,25 ponto percentual na reunião de 17 e 18 de setembro.
Maior motor da maior economia do mundo, o consumo doméstico continua firme, mas o investimento das empresas em imóveis e equipamentos diminuiu. Isso indica que devem contratar menos, o que terá impacto sobre o consumo no futuro.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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