segunda-feira, 23 de setembro de 2019

Tanzânia deveria ter notificado suspeita de ebola, critica OMS

A Organização Mundial da Saúde (OMS) manifestou preocupação porque a Tanzânia não deu aviso sobre a morte em Dar es Salam de um médico com sintomas semelhantes aos de infecção pelo vírus ebola. O governo tanzaniano declarou que exames afastaram a possibilidade de ser um caso de ebola, mas não mostrou os resultados à agência do sistema Nações Unidas.

O caso repete o padrão de falta de transparência nas relações da Tanzânia com os países vizinhos e as organizações internacionais. Se tentar esconder a incidência de ebola, prejudica os esforços internacionais para conter a propagação do vírus.

De 2013 a 2016, uma epidemia de ebola matou 11.323, principalmente na Guiné, na Libéria e em Serra Leoa. A Nigéria conseguiu controlar a doença com poucas mortes. Houve alguns casos no Mali e no Senegal.

A epidemia de ebola de Kivu começou em 1º de agosto de 2018. Já matou 2.119 pessoas, quatro em Uganda e as outras na República Democrática do Congo, um país com vários grupos armados irregulares e sem uma infraestrutura nacional de transportes e comunicações, o que complica o combate ao vírus.

Desde que chegou ao poder, em 2015, o presidente John Magufuli não aceita críticas reais ou imaginárias criadas por seu grupo palaciano. Ele reduziu as liberdades públicas, censurou e fechou empresas de comunicação. Tais políticas prejudicaram as relações com os países ocidentais e possíveis investidores estrangeiros.

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