A Organização Mundial da Saúde (OMS) manifestou preocupação porque a Tanzânia não deu aviso sobre a morte em Dar es Salam de um médico com sintomas semelhantes aos de infecção pelo vírus ebola. O governo tanzaniano declarou que exames afastaram a possibilidade de ser um caso de ebola, mas não mostrou os resultados à agência do sistema Nações Unidas.
O caso repete o padrão de falta de transparência nas relações da Tanzânia com os países vizinhos e as organizações internacionais. Se tentar esconder a incidência de ebola, prejudica os esforços internacionais para conter a propagação do vírus.
De 2013 a 2016, uma epidemia de ebola matou 11.323, principalmente na Guiné, na Libéria e em Serra Leoa. A Nigéria conseguiu controlar a doença com poucas mortes. Houve alguns casos no Mali e no Senegal.
A epidemia de ebola de Kivu começou em 1º de agosto de 2018. Já matou 2.119 pessoas, quatro em Uganda e as outras na República Democrática do Congo, um país com vários grupos armados irregulares e sem uma infraestrutura nacional de transportes e comunicações, o que complica o combate ao vírus.
Desde que chegou ao poder, em 2015, o presidente John Magufuli não aceita críticas reais ou imaginárias criadas por seu grupo palaciano. Ele reduziu as liberdades públicas, censurou e fechou empresas de comunicação. Tais políticas prejudicaram as relações com os países ocidentais e possíveis investidores estrangeiros.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário