terça-feira, 24 de setembro de 2019

Discurso raivoso de Bolsonaro na ONU isola ainda mais o Brasil

Ao abrir os debates gerais da reunião anual da Assembleia Geral das Nações Unidas, em Nova York, o presidente Jair Bolsonaro repetiu hoje a costumeira ladainha de teorias conspiratórias, paranoia, mentiras e ataques a inimigos reais ou imaginários para justificar suas políticas de extrema direita. Para o ex-secretário de Assuntos Estratégicos no governo Michel Temer, Hussein Kalout, "foi o discurso mais agressivo já proferido por um presidente brasileiro" na ONU.

A Organização das Nações Unidas é a segunda organização internacional de caráter universal dedicada a garantir a paz mundial. Substituiu a Liga das Nações, criada depois da Primeira Guerra Mundial, que fracassou ao não impedir a Segunda Guerra Mundial. A guerra no Oceano Pacífico ainda não havia acabado quando a ONU foi fundada. 

A Carta da ONU foi aprovada em 25 de junho de 1945 e assinada no dia seguinte por 50 países. Quando foi instalada, em 24 de outubro de 1945, eram 51 países. A Polônia, invadida pela Alemanha nazista no primeiro dia da guerra, em 1º de setembro de 1939, havia recuperado sua independência. Hoje, a ONU tem 193 países-membros.

A ONU tem como objetivos: manter a paz e a segurança internacionais; desenvolver relações amistosas entre as nações com base na igualdade, na autodeterminação dos povos e da soberania nacional; e promover a cooperação internacional para resolver problemas internacionais de caráter econômico, social, cultural e humanitário.

Se não conseguiu acabar com a guerra, a ONU é um foro permanente para negociações internacionais. A Assembleia Geral é um parlamento mundial. Não houve mais guerras entre grandes potências. As organizações econômicas internacionais, o Fundo Monetário Internacional, o FMI, o Banco Mundial e a Organização Mundial do Comércio, a OMC, contribuíram para debelar crises econômicas. E a ONU foi uma grande agência de descolonização e até hoje é essencial na promoção do desenvolvimento da África.

Desde 1949, é tradição que o Brasil seja o primeiro a falar nos debates da Assembleia Geral. Isso vem do tempo da Guerra Fria, quando o Brasil não fazia parte do bloco soviético nem da aliança militar liderada pelos Estados Unidos. Meu comentário:

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