Com 38,3% dos votos, o Partido Popular da Áustria (ÖVP), do primeiro-ministro conservador Sebastian Kurz, venceu as eleições parlamentares de ontem. Foi o melhor resultado da centro-direita desde 2002. O neopopulismo de extrema direita sofreu forte queda.
Em segundo lugar, com 21,5%, ficou o Partido Social-Democrata da Áustria (SPÖ). O Partido da Liberdade da Áustria (FPÖ), responsável pelo escândalo de corrupção que derrubou o governo e antecipou as eleições, caiu dez pontos percentuais para 17,3%. Seu líder, Norbert Hofer, não vai participar das negociações para formar o novo governo.
Os Verdes tiveram 12,4% dos votos e podem ser convidados para formar o governo - e o liberal Neos, 7,4%.
A expectativa é que o novo governo seja conservador moderado, eurocético em relação à imigração, mas menos radical do que com a participação do FPÖ. Um país do coração da Europa Central, uma Áustria mais eurocética poderia restabelecer o controle de fronteiras, contrariando o Acordo de Schengen, que abriu as fronteiras internas da União Europeia, se negar a receber refugiados e dificultar a integração econômica da Zona do Euro.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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