sábado, 21 de setembro de 2019

EUA enviam tropas e sistemas antimísseis para proteger petróleo saudita

A pedido da Arábia Saudita e dos Emirados Árabes Unidos, o Departamento da Defesa dos Estados Unidos vai enviar centenas de soldados e sistemas de defesa antiaérea para suas instalações petrolíferas, por causa de "uma escalada espetacular da agressão iraniana".

Em entrevista no Pentágono, o secretário da Defesa, Mark Esper, afirmou ontem que a operação será "defensiva e primariamente focada em defesa aérea e antimísseis". Os soldados americanos irão somente para a Arábia Saudita.

Na manhã de ontem, o presidente Donald Trump decretou novas sanções contra o banco central do Irã em resposta aos bombardeios contra o refinaria de Akbaik, a maior do mundo, e o campo de exploração de petróleo de Khurais, o segundo maior da Arábia Saudita.

Como o Congresso aprovou uma resolução bipartidária proibindo a venda de armas à Arábia Saudita e aos Emirados Árabes Unidos por causa da guerra civil no Iêmen, a presidente da Câmara, a deputada democrata Nancy Pelosi, criticou a decisão.

"Mais uma vez, o presidente Trump está ignorando a violência continuada da Arábia Saudita contra iemenitas inocentes, bem como o terrível assassinato do jornalista Jamal Khashoggi e as grosseiras violações dos direitos humanos, o que caracteriza uma crise moral e humanitária. Os EUA não podem colaborar com mais brutalidade e derramamento de sangue", declarou Pelosi.

Os rebeldes hutis do Iêmen, xiitas zaiditas apoiados pelo Irã, reivindicaram a autoria dos ataques, anunciando terem disparado dez drones contra alvos sauditas. Tanto os EUA quanto a Arábia Saudita contestaram esta versão, alegando que os ataques partiram do norte, o que significa do Irã ou do Iraque, e não do sul, onde fica o Iêmen.

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