Sob intensa pressão da oposição democrata, a Casa Branca divulgou na manhã de hoje uma transcrição editada de um telefonema de 25 de julho em que o presidente Donald Trump pressiona o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, a abrir inquérito para investigar os negócios de Hunter Biden, filho do ex-vice-presidente Joe Biden, hoje o principal adversário de Trump na eleição presidencial de 2020.
Na conversa, depois de segurar ajudas militar e econômica à Ucrânia, Trump avisa Zelensky que o ministro da Justiça e procurador-geral dos Estados Unidos, William Barr, e o ex-prefeito de Nova York Rudolph Giuliani vão entrar em contato para ajudar na investigação.
"Queria que você nos fizesse um favor", pediu Trump, quando Zelensky falou em comprar equipamentos militares americanos. Depois de dizer que os EUA "fizeram muito pela Ucrânia", o presidente acrescentou: "Então, o que você puder fazer como procurador-geral será ótimo."
Trump alegou que "há muita conversa sobre o filho de Biden, que Biden teria bloqueado a investigação e muita gente quer saber o que houve."
Zelensky respondeu que "o próximo procurador-geral será 100% meu, será meu candidato. Ele ou ela vai examinar a situação."
Em 12 de agosto, um oficial de informações que teve acesso ao conteúdo do telefonema alertou o diretor-geral de Inteligência de que o presidente havia feito algo capaz de comprometer a segurança nacional dos EUA.
Ontem, a presidente da Câmara dos Representantes, a deputada democrata Nancy Pelosi, abriu inquérito para um possível processo de impeachment contra Trump, alegando que o presidente violou a Constituição dos EUA e que "ninguém está acima da lei".
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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