sexta-feira, 6 de setembro de 2019

Morte de Mugabe é o fim de mais uma tragédia africana

De revolucionário, herói da independência e pai da pátria, Robert Mugabe se tornou um tirano implacável. Arruinou a economia do Zimbábue e é acusado por milhões de mortes. Sua morte aos 95 anos hoje num hospital de Cingapura é o fim de mais uma história trágica na África.

Nacionalista pan-africano, Robert Gabriel Mugabe aderiu ao socialismo e ao marxismo-leninismo na luta contra o colonialismo europeu nos anos 1960s. Acusado de sedição, ficou preso de 1964 a 1974. 

Livre, foi para Moçambique, onde assumiu a liderança da União Nacional Africana do Zimbábue, ZANU, da sigla em inglês, na luta contra o regime segregacionista da minoria branca, semelhante ao apartheid da África do Sul, chefiado por Ian Smith. 

Na época, o país se chamava Rodésia. Antes, fora a Rodésia do Sul, nomes derivados de Cecil Rhodes, um empresário do imperialismo britânico do século 19. 

Antes da libertação de Nelson Mandela na África do Sul, em fevereiro de 1991, Mugabe, como um dos pais da pátria, era uma das vozes mais fortes em defesa do ideal de unidade do continente, do pan-africanismo, um sonho dos heróis da independência. Mas Mugabe não era Mandela. Meu comentário:

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