Por unanimidade, os 11 ministros da Suprema Corte do Reino Unido decidiram hoje que a decisão do primeiro-ministro conservador Boris Johnson de suspender as atividades do Parlamento Britânico é "ilegal, nula e sem efeito", noticiou o jornal The Guardian. Em discurso na convenção anual do Partido Trabalhista, o líder da oposição, Jeremy Corbyn, cobrou uma renúncia imediata de Johnson.
O primeiro-ministro britânico abandonou a reunião anual da Assembleia Geral das Nações Unidas, em Nova York, e voltou a Londres. Antes de partir, discordou da decisão do tribunal e insinuou que pode tentar repetir a manobra de outra forma. Também alegou que o recurso à Justiça foi uma ação dos querem "frustrar a Brexit", a saída britânica da União Europeia, hoje prevista para 31 de outubro.
Corbyn prometeu negociar um acordo com a UE em três depois das próximas eleições, a serem realizadas em novembro e dezembro, que os trabalhistas esperam vencer. O novo acordo seria então submetido a um referendo em que haveria a opção de revogar o resultado do plebiscito de 23 de junho de 2016 para manter no país no bloco europeu.
Agora, o Parlamento deve reabrir para acompanhar as próximas semanas, em que Johnson deve tentar retirar o país da UE de qualquer maneira.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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