Uma onda de
manifestações da chamada Primavera Árabe provocou a queda do ditador Hosni
Mubarak em 11 de fevereiro de 2011. Durante uma breve experiência democrática,
Mohamed Mursi, da Irmandade Muçulmana, o mais antigo grupo fundamentalista islâmico
do mundo, foi o primeiro e único líder do Egito eleito democraticamente.
O
autoritarismo e a intolerância da Irmandade Muçulmana deflagaram nova onda de
protestos. A multidão voltou a tomar a Praça da Libertação, no centro do Cairo.
Na prática, pediu uma intervenção militar.
Em 3 de
julho de 2013, o comandante das Forças Armadas, marechal Al-Sissi, deu um
golpe, acabou com a democracia e reimpôs o controle absoluto do chamado Estado
profundo, formado pelas Forças Armadas, a polícia, os serviços secretos e
empresários ligados ao regime.
Mais de mil pessoas foram mortas logo depois do golpe. Os principais líderes da Irmandade Muçulmana foram presos e processados, inclusive Mursi, que morreu na prisão em 17 de junho deste ano.
Mais de mil pessoas foram mortas logo depois do golpe. Os principais líderes da Irmandade Muçulmana foram presos e processados, inclusive Mursi, que morreu na prisão em 17 de junho deste ano.
Oito anos
depois da Primavera Árabe, só a Tunísia, onde os protestos começaram, se tornou
uma democracia. A Líbia, a Síria e o Iêmen estão até hoje em guerra civil. E o
Egito voltou a ser uma ditadura ainda mais repressiva do que sob Mubarak. Mas o
espírito da democracia sobrevive. Meu comentário:
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