Os irmãos franceses de origem argeliana Saïd e Chérif Kouachi, que atacaram há dois dias o jornal satírico Charlie Hebdo, matando 12 pessoas, foram mortos pela polícia da França no assalto a uma fábrica onde estavam escondidos, na cidade de Dammartin-en-Goële, perto do Aeroporto Charles de Gaulle, noticiou há pouco o jornal francês Le Monde.
O outro terrorista, Amédy Coulibaly, de origem africana, que ocupou um supermercado judaico perto da Porta de Vincennes, em Paris, também foi morto pela polícia, acrescentou o Monde. Antes, pelo telefone, ele declarou pertencer ao Estado Islâmico e disse ter coordenado a ação com os irmãos Kouachi. Ainda não se sabe o que ocorreu com sua mulher, Hayat Moubeddiene, que teria escapado em meio aos reféns e está sendo procurada pela polícia.
Há feridos e pelo menos quatro reféns teriam sido mortos, informa o jornal inglês The Independent citando fontes da imprensa francesa. Quando o supermercado foi tomado, houve uma notícia de que duas pessoas teriam sido mortas. A polícia desmentiu essa informação depois.
O prefeito de Dammartin-en-Goële, Michel Dutruge, confirmou há pouco as mortes dos irmãos Kouachi. Decididos a morrer como mártires, eles teriam saído atirando de um escritório da fábrica onde se refugiaram, na cidade de Dammmartin-en-Goële. Quando estavam cercados, em declaração a jornalistas por telefones, Chérif declarou que eles foram treinados e financiados pela rede terrorista Al Caeda na Península Ibérica, com sede no Iêmen.
Chérif Kouachi e Coulibaly se conheceram na prisão, em 2005, quando já eram extremistas muçulmanos. Depois de sair da prisão, ambos frequentavam a mesma mesquita do 19º distrito de Paris, e treinavam para a "guerra santa" correndo num parque nos arredores.
O jornal americano USA Today publicou hoje à tarde que os irmãos Kouachi estiveram na Síria no ano passado.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
sexta-feira, 9 de janeiro de 2015
Terroristas que atacaram jornal foram mortos, diz Le Monde
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