Depois de uma alta de 0,7% no primeiro trimestre, a economia da Alemanha, a maior da Europa e quarta do mundo, recuou 0,2% no segundo trimestre, confirmou hoje o Destatis, órgão oficial da estatísticas do país, em sua segunda estimativa. Na comparação com o mesmo período no ano passado, a economia alemã cresceu 1,2%.
A formação de capital bruto caiu 0,2% no segundo trimestre, e o investimento na construção 4,2%.
A Alemanha resiste às pressões da França e da Itália para que a Zona do Euro adote medidas de estímulo econômico, no momento em que a inflação baixou para 0,3% ao ano, indicando risco de deflação, uma queda de preços que desestimula a produção e o consumo.
A primeira-ministra alemã, Angela Merkel, e seu ministro das Finanças, Wolfgang Schäuble, impuseram políticas de austeridade econômica para enfrentar a crise dos países da periferia da Eurozona. Recentemente, pressionaram o presidente do Banco Central Europeu, o italiano Mario Draghi, que defendeu em encontro de dirigentes de bancos centrais realizado na semana passada nos Estados Unidos a adoção de políticas de estímulo ao crescimento para evitar o agravamento da crise na Europa.
Desde a hiperinflação de 1923, uma das causas da ascensão do nazismo, a Alemanha tem uma obsessão anti-inflacionária que fez o país rejeitar qualquer proposta de sair da crise gastando mais, em vez de cortar gastos, e imprimindo mais dinheiro.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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