O Ministério do Exterior da Índia protestou no sábado contra mapas que incluem regiões em disputa do estado de Arunachal Pradesh como se fossem parte da China, afirmando que "mudanças cartográficas não vão alterar a realidade".
A nota oficial indiana foi além: "O fato de que Arunachal Pradesh é uma parte integral e inalienável da Índia já foi comunicado várias vezes às autoridades chinesas, inclusive do mais alto nível", acrescentou o governo do primeiro-ministro Narendra Modi, do partido nacionalista hindu BJP.
Também houve reações negativas na sociedade civil da Índia. A União Estadual de Estudantes de Arunachal Pradesh condenou a "atitude expansionista" da China.
Antes de vir ao Brasil para a reunião de cúpula do fórum BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), Modi vai ao Japão fortalecer os laços com um possível aliado para tentar equilibrar o crescente poderio chinês no Leste da Ásia. Isso revela a fragilidade das relações entre os BRICS.
A julgar pelo comportamento agressivo da China nas disputas territoriais que tem com o Japão, as Filipinas, o Vietnã, a Malásia e Brunei, a Índia deve se preparar para medidas de força. O regime comunista chinês não mostra nenhuma disposição para ceder.
Diante do recuo dos Estados Unidos, o Japão aprovou hoje novas regras para permitir o uso de suas Forças Armadas no exterior, o que em princípio era proibido pelo Art. 9 da Constituição de 1947, imposta durante a ocupação americana.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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