quarta-feira, 21 de maio de 2014

Ex-presidente do Egito é condenado por corrupção

A Justiça do Egito condenou hoje o ex-presidente Hosni Mubarak a três anos de prisão por corrupção. Seus filhos Gamal e Alaa também foram condenados pelo mesmo motivo nesta quarta-feira no Cairo, a quatro anos de prisão cada um. Os três foram multados em US$ 2,9 milhões e devem devolver US$ 17,6 milhões aos cofres públicos.

Hosni Mubarak, hoje com 86 anos, foi deposto pela revolução da chamada Primavera Árabe em 11 de fevereiro de 2011 depois de ficar quase 30 anos no poder. Ele e os filhos foram acusados de desviar milhões de dólares.

Na sentença, o juiz Ossama Chahin afirmou que Mubarak "tinha o dever de conter a si mesmo e aos filhos impedindo-os de roubar dinheiro público. (...) Em vez disso, deu a si mesmo a aos filhos uma licença para desviar fundos públicos, ajudando a si mesmos sem supervisão ou consideração. Portanto, eles merecem ser punidos." Os condenados podem recorrer a tribunais superiores.

Em outro processo, um tribunal da cidade de Mansura sentenciou 155 ativistas da Irmandade Muçulmana denunciados por atos de violência política a penas de até 25 anos de cadeia; 75 são fugitivos e foram julgados à revelia.

A Irmandade venceu as eleições parlamentares e presidencial, mas foi derrubada em 3 de julho de 2013 por um golpe de Estado liderado pelo marechal Abdel Fattah al-Sissi, favorito para vencer a eleição presidencial de 26 e 27 de maio de 2014. Desde então, foi declarada um grupo terrorista e seus ativistas têm sido perseguidos.

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