Diante de uma onda de protestos e ataques contra alvos chineses, a China enviou cinco navios para retirar 3 mil cidadãos do Vietnã, informou hoje a agência estatal de notícias Nova China. Há uma revolta popular contra a China no Vietnã porque o regime comunista de Beijim instalou uma sonda para procurar petróleo nas Ilhas Paracel, disputadas entre os dois países.
Os dois países travaram uma guerra em 1979, depois que uma invasão vietnamita invadiu o Camboja e derrotou a ditadura genocida do Khmer Vermelho, apoiada pela China. Desde a abertura econômica do Vietnã, a Doi Moi (Renovação), iniciada em 1986, os chineses se tornaram os maiores investidores no país.
Agora que a China virou uma superpotência e usa seu crescente poderio militar para pressionar os vizinhos com que tem disputas territoriais, no caso do Vietnã em torno das Ilhas Paracel, que ficam no Mar da China Meridional. Como se chama historicamente de Mar da China, Beijim afirma que as ilhas são chinesas.
Recentemente a China começou a instalar sondas para procurar petróleo, afastando agressivamente um navio vietnamita que tenta impedir a operação. Foi o que deflagrou a revolta popular.
O primeiro-ministro do Vietnã, Nguyen Tan Dung, apelou à população para "não participar de protestos ilegais que causem desordem e ameaçam a segurança social", noticiou a rede de televisão americana CNN.
A China impôs uma zona de exclusão de 5 quilômetros de raio ao redor da plataforma de petroleo da estatal chinesa CNOOC e não está disposta a ceder: "Não criamos problemas, mas também não temos medo de problemas", declarou o comandante do Exército Popular de Libertação (EPL), general Fang Fenghui, durante visita aos Estados Unidos.
"Em questões territoriais, nossa atitude é firme", advertiu. "Não cedemos um centímetro."
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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