Pelo menos 43 pessoas foram mortas desde ontem num conflito entre milícias rivais em Bengázi, a segunda maior cidade da Líbia, que foi chamada de "capital dos rebeldes" durante a luta contra o ditador Muamar Kadafi, em 2011.
De um lado, estão as forças do general reformado Khalifa Hafter, um dos comandantes militares da revolta popular. Do outro, as milícias fundamentalistas Brigada 17 de Fevereiro, Brigada Escudo Líbio Nº 1 e Ansar al-Charia. Este último grupo foi responsável pelo ataque ao Consulado Americano em Bengázi em 11 de setembro de 2012, quando o embaixador dos EUA e outros três funcionários foram mortos.
O ataque ao consulado, descrito inicialmente pelo Departamento de Estado como uma revolta popular contra um filme ofensivo ao profeta Maomé em vez de ataque terrorista, é até hoje explorado politicamente pela oposição ao presidente Barack Obama no Congresso dos EUA. Agora, é uma tentativa de atingir a então secretária de Estado, Hillary Clinton, que desponta como candidata do Partido Democrata à Casa Branca em 2016.
Em vez de se preocupar com a crise decorrente do colapso do Estado na Líbia, o Partido Republicano tenta reescrever o passado para tentar a vitória no futuro. É uma receita para o fracasso nos EUA e na Líbia.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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