Mais 3,3 milhões pessoas morreram em 2012 devido ao consumo excessivo de bebidas alcoólicas, por causas que vão da violência ao câncer, advertiu hoje a Organização Mundial da Saúde (OMS), apelando aos governos do mundo inteiro para que tomem medidas e façam campanhas para atacar o problema.
"É preciso fazer mais para proteger as populações das consequências negativas do consumo de álcool. Não há espaço para a complacência", afirmou Oleg Chestnov, especialista em doenças crônicas e saúde mental da OMS, citado pela agência de notícias Reuters.
Entre as propostas, estão aumentos de impostos e da idade mínima para beber, e uma regulamentação mais rigorosa da propaganda.
De acordo com o relatório, cada pessoa de 15 anos ou mais bebe em média 6,2 litros de álcool por ano; no Brasil, são 8,7 litros por pessoa. Como menos da metade (38,3%) da população bebe, a média mundial sobe para 17 litros por pessoa.
O maior consumo está na Europa. Nos últimos cinco anos, ficou estável na Europa, na África e na América. Cresceu na Ásia. Outro estudo divulgado no início do ano indicou que 25% dos homens russos morrem antes de completar 55 anos, principalmente por abusar do álcool. Alguns citados na pesquisa tomaram três garrafas de vodca ou mais numa semana.
No mundo inteiro, "16% dos que ingerem bebidas alcoólicas o fazem episodicamente em grandes quantidades", derrubando um copo atrás do outro, bebendo até cair ou de ficar perto de perder a consciência, "o que é mais prejudicial à saúde", declarou Shekhar Saxena, diretor da OMS para doenças mentais e abuso de drogas.
O alcoolismo aumenta o risco de sofrer de mais de 200 doenças. As pessoas mais pobres, que têm menos acesso a serviços de saúde, são as mais afetadas.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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