quarta-feira, 28 de maio de 2014

EUA recomenda a americanos que saiam da Líbia

Os Estados Unidos aconselharam ontem seus cidadãos a "abandonar imediatamente" a Líbia por causa da situação do país, descrita pelo Departamento de Estado como "instável e imprevisível".

"Diante dos problemas de segurança, o Departamento de Estado reduziu o pessoal na embaixada em Trípoli e tem capacidade apenas para oferecer serviços de emergência a cidadãos americanos", disse a nota. "Os viajantes devem estar conscientes de correm risco de sequestro e morte."

Uma revolução deflagrada em fevereiro de 2011, dentro da chamada Primavera Árabe, derrubou em agosto daquele ano a ditadura do coronel Muamar Kadafi, que estava no poder desde 1969 e destruíra as instituições do país. Sem Forças Armadas regulares significativas, a Líbia é dominada até hoje pelas milícias que o derrubaram, num estado de caos e anarquia.

Na terça-feira, homens armados atacaram a casa do novo primeiro-ministro, Ahmed Miitig. Os EUA enviaram um navio de assalto anfíbio com mil fuzileiros navais a bordo para retirar funcionários e cidadãos americanos do país em caso de necessidade.

Em 12 de setembro de 2012, um ataque de milícias inicialmente confundido com uma manifestação de protesto contra um filme antimuçulmano matou quatro funcionários americanos no consulado americano em Bengázi, inclusive o embaixador Christopher Stevens.

Até hoje, a oposição republicana tenta explorar politicamente o episódio na tentativa de atingir a então secretária de Estado, Hillary Clinton, que desponta como favorita para a eleição presidencial de 2016. Deveria se preocupar mais com a estabilidade da Líbia.

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