Os militares, que governaram o Egito da queda da monarquia, em 1952, até a eleição do presidente Mohamed Morsi, há um ano, deram hoje um prazo de 48 horas aos partidos políticos para que resolvam a crise política do país. A Irmandade Muçulmana rejeitou o ultimato.
Milhões de egípcios saíram às ruas ontem para exigir a renúncia de Mursi, da Irmandade Muçulmana. Pelo menos 16 pessoas foram mortas e centenas saíram feridas. A sede do Partido da Liberdade e Justiça, da Irmandande, foi atacada e incendiada. Quatro ministros pediram demissão.
Um movimento reunindo as oposições chamado Tamarod (Rebelde) alega ter coletado 22 milhões de assinaturas pedindo a renúncia do presidente. Deu prazo de 24 horas para o presidente renunciar, ameaçando realizar uma onda de protestos até a queda de Mursi. Em meio ao caos revolucionário, a economia egípcia se afunda ainda mais.
Em 2011, foram necessários 18 dias de protestos, em que mais de 800 pessoas morreram, para derrubar o ditador Hosni Mubarak, que estava no poder há quase 30 anos. Mursi se reuniu hoje com o Comando das Forças Armadas.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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