Em nota em que afirmou estar atento ao crescimento "modesto", à melhora no mercado de trabalho e ao risco de inflação, o Comitê de Mercado Aberto da Reserva Federal (Fed), o banco central dos Estados Unidos, manteve a taxa básica de juros inalterada em praticamente zero e seu programa de compra de títulos no valor de US$ 85 bilhões por mês para estimular a economia.
"As condições do mercado de trabalho apresentaram mais melhoras nos últimos meses, mas, num balanço, a taxa de desemprego continua elevada. O consumo doméstico e o investimento das empresas em capital fixo avançaram, e o setor habitacional está se fortalecendo, mas os juros do crédito hipotecário aumentaram um pouco e a política fiscal está restringindo o crescimento", diz a nota.
Como a missão do banco central dos EUA é manter a estabilidade dos preços com o maior nível de emprego possível, "o comitê espera, com a apropriada política de acomodação, que o ritmo do crescimento se acelere e a taxa de desemprego decline gradualmente para níveis considerados consistentes com o mandato do Fed", acrescentou a nota.
Para o Fed, o crescimento e o mercado de trabalho apresentam menos riscos do que no fim do ano passado, reconhece que o índice de crescimento de preços está abaixo da meta perseguida informalmente pela autoridade monetária americana, que é de 2% ao ano, mas "antecipa que a inflação volte a se mover rumo a seu objetivo em médio prazo".
Quando iniciou a última fase do programa de "alívio quantitativo" para aumentar a quantidade de dinheiro em circulação, o presidente do Fed, Ben Bernanke, prometeu vender títulos até que a taxa de desemprego, hoje em 7,5%, caia para 6,5%.
O mercado internacional acompanha com atenção os passos e notas do Fed à espera de indicações sobre quando a compra de títulos será reduzida. A expectativa na redução da oferta de dólares está aumentando o valor da moeda americana no mundo inteiro.
Com a retomada da economia americana, que apresenta crescimento moderado, mas aumento da produção industrial e recuperação no mercado de trabalho, os economistas esperam com ansiedade indicações sobre a mudança na política monetária dos EUA.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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