Um dos países mais católicos do mundo, a Irlanda aprovou hoje sua primeira lei de aborto. Por 127 a 31, a Câmara (Dáil) do Parlamento decidiu que a gravidez pode ser interrompida se houver risco de vida para a mãe, inclusive de suicídio.
A Lei de Proteção da Vida Durante a Gravidez teve amplo apoio da maioria governista. Líderes religiosos criticaram o artigo que autoriza o aborto por causa de risco de suicídio, considerando-o um furo na lei capaz de permitir abusos. Bastam atestados de dois médicos psiquiatras e um ginecologista e obstreta, informa o jornal irlandês The Irish Times.
Quando não houver risco para a vida da mãe, continua sendo crime "destruir a vida de um ser humano que ainda não nasceu". A pena vai até 14 anos de prisão.
Como a Irlanda faz parte da União Europeia, as irlandesas costumavam ir ao Reino Unido quando querem fazer aborto. Só em 2012, foram cerca de 4 mil.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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