Em meio a uma onda de protestos e boatos de que os militares vão dissolver o Parlamento, o presidente Mohamed Mursi reuniu-se hoje com o comando das Forças Armadas do Egito. Ontem os militares deram um ultimato de 48 para que os políticos se entendam e acabem com a atual crise. Caso contrário, vão impor seu próprio plano.
Mais uma vez, centenas de milhares de pessoas ocupam hoje a Praça da Libertação, no Centro do Cairo, por convocação do movimento oposicionista Tamarod (Rebelde), que pretende manter os protestos até a renúncia do presidente.
Mursi, da Irmandade Muçulmana, é acusado de autoritarismo e de tentar impor um regime islamita. As oposições aparentemente preferem os militares.
O Canadá fechou hoje sua embaixada no Egito e citou como causa a falta de segurança para seus funcionários.
A economia egípcia só se deteriorou desde a queda do ditador Hosni Mubarak, em 11 de fevereiro de 2011. Frequentemente faltam água, energia elétrica e outros serviços básicos. O Egito pediu ajuda de emergência ao Fundo Monetário Internacional, mas, sem estabilidade política interna, o país não se reconstrói.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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