Pelo menos 130 pessoas foram mortas nos últimos dias em combates entre o Exército da República Democrática do Congo e o grupo rebelde M-23. Os confrontos em Goma, capital da província de Kivu do Norte, recomeçaram no fim de semana.
O M-23 é ligado ao governo de Ruanda.
Com o genocídio em Ruanda em 1994, houve uma fuga em massa de refugiados para o vizinho Zaire, nome do Congo na época. Entre eles, estava a milícia hutu Interahamwe, maior responsável pelos massacres, e membros da minoria tútsi, principal alvo dos massacres.
Essa onda migratória desestabilizou o Zaire, levando à queda do ditador Joseph Mobutu em 1997 e à chamada Primeira Guerra Mundial Africana, travada por nove exércitos nacionais e centenas de grupos armados irregulares com um total de mortes em combate, de fome e de doenças causadas pela guerra de 5,4 milhões de pessoas. O novo ditador, Laurent Kabila, rebatizou o país como Congo.
Para combater os hutus refugiados no Congo, o novo líder de Ruanda, Paul Kagame, apoiou a formação do M-23, um grupo rebelde para combater seus inimigos dentro do território congolês, especialmente na província de Kivu do Norte, que fica na fronteira entre os dois países.
As Nações Unidas mantêm sua maior operação de paz hoje no Congo, sob o comando de um general brasileiro, mas até agora tem se mostrado impotente para pacificar efetivamente esse grandes país do Centro da África.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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