A Irmandade Muçulmana, afastada do poder pelo golpe de quarta-feira passada contra o primeiro presidente eleito da História do Egito, Mohamed Mursi, convocou a população hoje para um levante popular contra o governo imposto pelas Forças Armadas.
Durante a madrugada, as forças de segurança atiraram contra uma multidão de manifestantes islamitas, matando pelo menos 51 pessoas e ferindo outras 435, noticia o sítio Jeune Afrique. Em nota oficial, os militares acusaram "terroristas armados" de atacar a sede da Guarda Presidencial, onde Mursi estaria preso.
Ao apresentar suas "condolências" ao povo egípcio, o Exército advertiu: "Não permitiremos nenhuma ameaça contra a segurança nacional do Egito quaisquer que sejam as circunstâncias", declarou o porta-voz militar Ahmed Ali.
A sede do Partido da Liberdade e Justiça, da Irmandade, foi fechada pela polícia, que alega ter encontrado armas de fogo, facas e líquidos inflamáveis no prédio.
Diante do aumento da violência, o partido salafista Nour abandonou as negociações com o governo para participar do processo político pós-golpe.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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