Em uma operação de assalto com características militares, rebeldes da milícia fundamentalista muçulmana dos Talebã (Estudantes) atacaram durante a noite uma prisão da cidade de Dera Ismail Khan e libertaram pelo menos 243 detentos, entre eles cerca de 30 comandantes.
Pelo menos 12 pessoas foram mortas, inclusive cinco policiais e quatro presos de uma minoria xiita degolados pelos jihadistas.
A ação mostra mais uma vez a capacidade dos Talebã, ligados à rede terrorista Al Caeda, de atacar uma das principais penitenciárias do país para libertar seus comandantes e militantes.
Foi um ataque anunciado. Há semanas, os serviços secretos paquistaneses receberam alertas de que o assalto era iminente.
"É muito difícil atacar um lugar desses sem informações e contatos", lamentou um policial. Alguns presos teriam orientado os companheiros de fora da prisão através de telefones fornecidos por agentes penitenciários "corruptos, preguiçosos e antiprofissionais".
Dos 200 guardas que deveriam estar de serviço na prisão, só cerca de 70 estavam trabalhando efetivamente. "A maioria fugiu para salvar sua vida, deixando para trás armas e munições tomadas pelos rebeldes", acrescentou o policial.
Os Talebã disseram que cem guerrilheiros e sete terroristas suicidas participaram do ataque. Eles concentraram o fogo na entrada principal, mas também conseguiram derrubar parte do muro.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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