Ele foi criado em março de 1962, sob o impacto do embargo econômico imposto pelos Estados Unidos no mês anterior em retaliação contra a declaração do caráter socialista da Revolução Cubana e a desapropriação de propriedades de americanos. Em 12 de julho de 2013, completou 50 anos.
O governo o chama de "carnê de fornecimento". Para o povo, é "carnê de racionamento" ou simplesmente libreta, caderneta em espanhol.
Cada cidadão cubano tem direito por mês a 3,15 quilos de arroz, meia garrafa de óleo de cozinha, pão suficiente para um sanduíche por dia e pequenas quantidades de ovos, feijão, carne de frango ou porco, massa, açúcares branco e mascavo, e gás de cozinha.
Na prática, a libreta virou um símbolo do fracasso do regime socialista liderado pelos irmãos Fidel e Raúl Castro. A agricultura estatizada não consegue produzir alimento suficiente para sua população de 11 milhões de habitantes, apesar das boas condições de clima e solo.
Para os defensores do regime comunista cubano, a culpa é do embargo, que Fidel chama de "bloqueio", embora isso sugira a presença de uma força naval inimiga cercando a ilha, como aconteceu durante a crise gerada pela tentativa de instalar mísseis soviéticos em Cuba, também em 1962, no momento mais perigoso da Guerra Fria. Nunca o mundo esteve tão perto de uma guerra nuclear.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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