O 1º de maio de 2012 na Europa foi marcado por uma série de manifestações de protesto contra as medidas de corte nos gastos públicos e aumentos de impostos que trouxeram de volta a recessão a pelo menos oito países da União Europeia e agravam o problema do desemprego.
Na Espanha, onde a taxa de desemprego chegou a 24,4% e a 50% entre os jovens, no Dia do Trabalho, houve passeatas em mais de 80 cidades contra a reforma trabalhista proposta pelo primeiro-ministro conservador Mariano Rajoy para facilitar contratações e demissões. Portugal também protestou.
A Grécia, país mais afetado pela crise das dívidas públicas, no quinto ano de recessão, também foi palco de grandes manifestações. Em plena campanha para as eleições parlamentares de domingo, os partidos tradicionais conservador e socialista têm apenas 40% da preferência do eleitorado.
Há um risco de que os partidos extremistas contrários aos acordos firmados com a União Europeia saiam vencedores.
Na França, o candidato socialista, François Hollande, favorito para a eleição presidencial de domingo, tentou recolocar o problema central do país. Ao participar de uma festa do Dia do Trabalho ao lado de sindicalistas que apoiam o PS, afirmou que o problema não é a imigração, como sugere o discurso direitista de Sarkozy, mas o desemprego.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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