Durante reunião de emergência de três horas hoje de manhã em Dacar, no Senegal, a Comunidade Econômica da África Ocidental (Ecowas, do inglês) impôs uma série de sanções aos golpistas que tomaram o poder no Máli.
As medidas entram em vigor imediatamente. Elas incluem o fechamento das fronteiras e o congelamento dos bens do governo malinês no banco central regional. Parecem ser suficientes para sufocar a economia do país, que não tem saída para o mar. Também podem deixar no escuro os 15 milhões de habitantes do Máli por falta de óleo diesel para os geradores de eletricidade.
Os golpistas derrubaram o presidente Amadou Touré sob o argumento de que as Forças Armadas estão mal equipadas para enfrentar os rebeldes tuaregues que lutam pela independência de uma região que chamam de Azawade. No fim de semana, os rebeldes tomaram três cidades importantes do Norte do Máli; Kidal, Gao e Timbuktu.
Sob intensa pressão internacional, o líder golpista, capitão Amadou Sanogo, prometeu ontem reinstaurar a Constituição e devolver o poder aos civis.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário