O chefe da Junta Militar, capitão Amadou Sanogo, que tomou o poder no Máli recuou hoje, anunciou o restabelecimento imediato da Constituição do país e prometeu convocar uma convenção nacional para "consultar as forças do país" e negociar uma "transição" de prazo indefinido.
Mais cedo, os rebeldes tuaregues do Movimento Nacional de Libertação de Azawade tomaram Gao, a principal cidade do Norte do Máli. Eles lutaram ao lado de seu antigo patrocinador, o coronel Muamar Kadafi, na revolta que derrubou o ditador da Líbia depois de 42 anos, e voltaram para casa carregados de armas.
A debilidade das Forças Armadas diante do agravamento do conflito foi o pretexto dos jovens oficiais golpistas para afastar o presidente Amadou Touré e suspender a Constituição em vigor desde 1992. Mas eles não têm forças nem equipamentos para um combate mais eficiente aos rebeldes.
No momento, os golpistas estão mais preocupados com sua segurança na capital, Bamako, que fica a mil quilômetros de distância da frente de combate com os tuaregues. Sem saída, sob pressão da Comunidade Econômica dos Países da África Ocidental (Ecowas, do inglês), começam a ceder.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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