A milícia fundamentalista xiita Hesbolá (Partido de Deus) se retirou hoje do setor oeste de Beirute, ocupado em seguida pelo Exército do Líbano, depois de um conflito de três dias entre partidários do governo e da oposição que terminou com pelo menos 37 mortes. Mas deixou claro que pode voltar quando quiser.
O conflito começou há quatro dias, quando o governo mandou desmantelar o sistema de telecomunicações do Hesbolá e mudar o chefe de segurança do aeroporto do capital libanesa, dois atos considerados uma declaração de guerra pelo líder da milícia, xeque Hassan Nasrallah.
Agora, a oposição muçulmana liderada pelo Hesbolá e apoiada pela Síria e pelo Irã promete manter uma campanha de "desobediência civil" como tática para pressionar o governo do primeiro-ministro Fouad Siniora a pedir demissão.
Esse impasse entre governo e oposição já dura um ano e meio. Há seis, o Líbano não tem presidente. O governo e a oposição não se entendem para eleger um novo chefe de Estado indiretamente no Parlamento.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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