Diante de desvalorização do dólar, o ouro, o petróleo e o euro bateram recordes na quinta-feira, 13 de março de 2008.
A onça de 31 gramas de ouro chegou a US$ 1.001 na quinta-feira, 13 de março, e depois caiu para US$ 996, enquanto o barril de petróleo fechava em US$ 110,33 na Bolsa Mercantil de Nova Iorque e o euro já vale US$ 1,5632.
O próprio presidente George Walker Bush, que desde o início de seu primeiro mandato adota uma política de negligência benigna em relação à moeda americana, na esperança de reduzir o formidável déficit comercial dos Estados Unidos, agora se mostra preocupado. Mas é tarde demais para ele.
Ontem foi outro dia de mais notícias para a maior economia do mundo. O consumo caiu 0,6% em fevereiro, o número de pedidos de seguro-desemprego aumentou, 71% dos 55 economistas ouvidos pelo jornal The Wall Street Journal acreditam que o país está em recessão e 48% uma queda na produção maior do que em 1990-91 e 2000-01.
Mesmo assim, com as bolsas do mundo inteiro em queda, o Índice Dow Jones, o principal da Bolsa de Valores de Nova Iorque, fechou o dia em alta de 0,29% por causa de um relatório indicando que o prejuízo total no mercado de crédito hipotecário chegará a US$ 285 bilhões.
A boa notícia é que este número seria definitivo. Não haveria mais anúncios de novas perdas.
O secretário do Tesouro americano, Henry Paulson, exortou os bancos a pagarem menos dividendos e se capitalizarem. Enquanto não houver um saneamento do sistema financeiro, o aperto de crédito não acaba e não haverá dinheiro para retomar o crescimento econômico, embora o Federal Reserve Board (Fed), o banco central dos EUA, diga que as empresas americanas não-financeiras estão em situação saudável.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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