Com a promessa de melhorar as relações econômicas com a China, o partido nacionalista Kuomintang (KMT), que governou Taiwan durante a maior parte de sua história independente, venceu a eleição presidencial deste sábado, 22 de março de 2008, em Taiwan, antes conhecida como Formosa. A China considera a ilha uma província rebelde e ameaça invadi-la, se Taiwan declarar a independência.
O presidente eleito, Ma Yang-jeou, baseou sua campanha nos três nãos: não à independência, não à reunificação, não à guerra. Obteve 58% dos votos válidos, contra 42% para Frank Hsieh, do Partido Progressista Democrático (PPD), que governava Taiwan há oito anos.
As chances de Hsieh teriam aumentado nos últimos dias por causa da violenta repressão chinesa às manifestações pela liberdade do Tibete, que teriam provocado mais de cem mortes, um número não-confirmado por fontes independentes.
Se Hsieh ganhasse, o PPD pretendia pedir associação às Nações Unidas para tentar romper o isolamento internacional de Taiwan. Seria um gesto meramente simbólico. A proposta seria fatalmente rejeitada pelo regime comunista chinês, que insiste, tanto no caso de Taiwan como no do Tibete, que "só existe uma China".
Como membro permanente do Conselho de Segurança, a China é uma das cinco grandes potências com direito de veto na ONU.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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