O regime comunista da China admitiu hoje que matou quatro tibetanos a tiros na província de Sichuã, pretextando legítima defesa.
A televisão chinesa mostrou imagens de presos no Tibete sendo humilhados e obrigados a assinar confissões. Eles são acusados de ameaça à "segurança nacional", um argumento típico de ditaduras.
Lhassa, a capital tibetana, é uma praça de guerra ocupada por milhares de soldados chineses. Está fechada para jornalistas e turistas.
Enquanto o governo afirma que 105 tibetanos que participaram de protestos se entregaram às autoridades chinesas no Tibete, o governo tibetano no exílio denuncia mais de mil prisões.
Em Beijim, um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores voltou a acusar o Dalai Lama pela violência, responsabilizando o líder espiritual do Tibete, um pacifista, por assassinatos, incêndios criminosos, saques e depredação de lojas.
É uma atitude contraditória porque os dirigentes da China declaram oficialmente estarem prontos a dialogar com o Dalai Lama, se ele renunciar à violência e à luta pela independência do Tibete. Só que o Dalai Lama nunca defendeu a independência do Tibete, que sabe que seria um objetivo irrealizável. O que ele quer é uma real autonomia.
Oficialmente, o Tibete é uma região autônoma dentro da China. Na prática, o regime comunista pratica uma política de migrações forçadas e destruição da cultura e do meio ambiente tibetanos que é a causa da atual revolta popular.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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