O Irã elege nesta sexta-feira, 14 de março, um novo Parlamento (Majlis) com 190 deputados. Como o regime fundamentalista iraniano vetou 2,4 mil dos 7,2 mil candidatos, os reformistas e liberais só disputam 81 das 290 cadeiras. Assim, a vitória do governo está garantida.
Uma mudança importante é que deve crescer o número de membros da Guarda Revolucionária Iraniana no parlamento e diminuir o de mulás, os clérigos muçulmanos.
A conseqüência será uma radicalização ainda maior, com os militares passando a ter mais peso dentro da revolução islâmica. O presidente Mahmoud Ahmadinejad, que defende o programa nuclear iraniano e ameaça varrer Israel do mapa, era um guarda revolucionário.
Os militares iranianos já receberam dezenas de bilhões de dólares do Supremo Líder Espiritual da Revolução Islâmica, aiatolá Ali Khamenei, herdeiro do aiatolá Ruhollah Khomeini. E tendem a ser mais determinados na busca da bomba atômica iraniana.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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