Depois de cinco dias de combates ferozes contra forças do governo, o aiatolá Muktada al-Sader, um dos homens mais poderosos do Iraque, ordenou seu Exército Mehdi, a maior milícia em atividade no país, que recue e "colabore com o governo".
O primeiro-ministro Nuri al-Maliki, que comanda pessoalmente a ofensiva governamental, tinha dado prazo até sábado pela manhã às milícias xiitas que dominavam Bássora, a segunda maior cidade iraquiana, para se render e entregar as armas. Diante, da resistência, ampliou o prazo até 8 de abril e ofereceu dinheiro em troca das armas.
A Força Aérea dos Estados Unidos entrou em ação na sexta-feira, bombardeando redutos dos milicianos, sobretudo do Exército Mehdi. Ontem, foi a vez das forças britânicas, que somam 4,1 mil soldados, de avançar rumo a Bássora. Mas elas não têm planos para retomar a cidade, que esteve sob seu controle após a invasão americana.
No final da ofensiva fracassada, que terminou com um empate entre o governo e um grupo armado declarado ilegal e "pior do que Al Caeda" pelo primeiro-ministro, o grande vencedor é Muktada al-Sader, na opinião da revista Foreign Policy um dos grandes beneficiários da invasão americana no Iraque.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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