O governo colombiano acusa o Equador de abrigar 11 acampamentos das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia, de onde traficariam armas e drogas. De lá, teriam sido feitos 39 ataques contra a Colômbia nos últimos quatro anos, matando 22 soldados colombianos.
"Toda a zona de fronteira é segura do lado equatoriano", declarou ao jornal espanhol El País um ex-guerrilheiro identificado apenas como Miguel, que supostamente teria atuado durante 10 anos na Frente 48 das FARC.
"Fazemos nossos acampamentos em propriedades e nos abastecemos nas comunidade", contou o ex-rebelde. "Altos comandos militares nos apóiam com logística, armamento, barracas e uniformes. Na Frente 48, usávamos fardamentos equatorianos porque é mais fácil do que esperar que o secretariado os enviasse da Colômbia."
Em sua defesa, o presidente do Equador, Rafael Correa, alegou ter um Exército de apenas 40 mil soldados, em comparação com a Colômbia, que nos últimos anos recebeu US$ 3,5 bilhões em ajuda militar direta dos Estados Unidos. "Se eles não conseguem localizar os acampamentos das FARC na Colômbia, por que nós conseguiríamos".
Correa afirma ter desmantelado 110 acampamentos das FARC em seu país.
Depois de visitar o local do acampamento das FARC no Equador bombardeado pela Colômbia em 1º de março, quando morreu o subcomandante Raúl Reyes, e o presidente colombiano, Álvaro Uribe, o secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), José Miguel Insulza, ex-ministro do Exterior do Chile, pediu aos países da região mais apoio à Colômbia na luta contra o tráfico de drogas.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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