Com a maioria dos candidatos reformistas, liberais e independentes barrados, os conservadores venceram as eleições parlamentares de sexta-feira no Irã, com cerca de 70% dos votos.
Os conservadores, partidários da revolução islâmica, conquistaram 163 das 290 cadeiras do Majlis (Parlamento). Mas estão divididos entre a corrente mais radical, apoiada pelo presidente Mahmoud Ahmadinejad, e a ala mais pragmática, que discorda de sua gestão econômica e do isolamento a que levou o país com sua obstinação em manter o programa nuclear.
Sem oposição real, porque o Conselho dos Anciães vetou 2,4 mil dos 7,2 mil candidatos, os reformistas, liberais e independentes concorreram em apenas 81 distritos. A disputa ficou entre os aliados de Ahmadinejad e os conservadores mais pragmáticos.
Entre estes últimos, está Ari Larijani, ex-negociador internacional da questão nuclear iraniana. Ele obteve uma vitória esmagadora na cidade sagrada de Com e pode desafiar Ahmadinejad na eleição presidencial de 2009.
O índice de abstenção foi de 40% mas, na capital, chegou a 60%.
"Sua presença épica e poderosa superou os truques do inimigos e transformou a intensa guerra psicológica do inimigo destinada a encorajar uma participação fraca numa bolha inútil", declarou o aiatolá Ali Khamenei, Supremo Líder Espiritual da Revolução Islâmica.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário